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RMP: Com dinheiro de Andreas, Fla deveria contratar um grande goleiro
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A desastrosa atuação de Diego Alves, responsável direto pelos dois gols do Resende, com duas saídas atabalhoadas e inaceitáveis para um goleiro com sua história, escancararam uma das principais deficiências do elenco do Flamengo: não conta com um arqueiro confiável para a atual temporada.
Hugo Souza tem potencial, mas ainda é imaturo e, pior, vem falhando nos jogos mais importantes. Diego, em franca decadência física, passa mais tempo no departamento médico que em campo e quando joga não inspira a segurança de anos anteriores.
Informações extraoficiais dão conta de que a contratação de Santos, goleiro do Athletico Paranaense, estaria bem encaminhada e ele poderia ser liberado no dia seguinte ao segundo jogo da Recopa Sul-Americana, na próxima quarta-feira. A conferir.
Fato é que a montagem do elenco, responsabilidade direta de Marcos Braz e Bruno Spindel, revela-se capenga em 2022. Prova maior disso, a injustificável contratação antecipada de Andreas Pereira, por uma fortuna, a obsessão por outro volante (Thiago Mendes, do Lyon continua a ser sonho de consumo) e a busca por mais um atacante (como Diego Rossi chegou a ser cogitado).
Houvesse um mínimo de bom-senso, os R$ 63 milhões de reais que serão pagos por Andreas teriam sido usados para contratar um grande goleiro e talvez até sobrasse dinheiro para trazer um zagueiro digno de ser titular ao lado de David Luiz (Fabiano Bruno teve atuação digna do nada saudoso Bruno Viana, contra o Resende).
Lambanças de Braz e Spindel à parte, Paulo Sousa tem outro grande desafio pela frente: afiar a pontaria dos seus atacantes. Não adianta criar diversas oportunidades para marcar, como aconteceu no primeiro tempo, e desperdiçar todas elas.
O técnico português deu a entender, na entrevista coletiva, que alguns jogadores pareciam estar pensando mais no carnaval que na partida. Até pode ser. Mas o que me parece estar faltando mesmo não é fome de bola ou falta de foco, por conta dos eflúvios de Momo, e sim treinamentos de finalização.
Não é aceitável Gabriel desperdiçar tantas chances claras de gol. Nem Pedro. Nem Bruno Henrique. Essa conta também é, sim, do treinador.
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