Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
No Flamengo, Paulo Sousa, Braz e Spindel arregaram para a Geração 85
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Tá tudo dominado! Esse deve ter sido o sentimento dos líderes do elenco do Flamengo, após a constrangedora entrevista do técnico Paulo Sousa e dos cartolas Marcos Braz e Bruno Spindel, realizada em seguida à magra vitória rubro-negra sobre o Goiás, quando os três fizeram de tudo para se desculpar com Diego Alves e com os líderes do grupo que, em reunião no Ninho do Urubu, cobraram satisfações a respeito do imbróglio entre o goleiro e o treinador, com participação do diretor executivo do clube.
Por mais que o trio simulasse uma forçada descontração, ficou evidente a gigantesca saia justa criada entre jogadores, treinador e cartolas. Paulo Sousa começou admitindo que, em sua entrevista anterior, deixara "uma folha solta" para a especulação e entregou de bandeja um fisioterapeuta e um preparador físico (segundo Pedro Ivo, da ESPN, Marcio Puglia e Luís Sala), que teriam sido os responsáveis pelas falsas informações de que Diego Alves se colocara à disposição para jogar, em conversa com Spindel.
Esse, por sua vez, confirmou que o arqueiro jamais se dissera curado ou disposto a atuar. E pediu desculpas por não ter comunicado corretamente o que acontecera a Paulo Sousa, antes de se instaurar a cizânia. Restou a tragicômica afirmação de Marcos Braz que tudo fora feito corretamente, "com transparência e no tempo certo".
Vamos falar sério? A zorra começou com a patada de Sousa, em Diego Alves, na coletiva de terça-feira à noite. Tivesse o Flamengo um presidente atuante e conhecedor das coisas do futebol, não uma grã-fina de narinas de cadáver (ave, Nelson Rodrigues!), como Rodolfo Landim, ele deveria ter convocado uma reunião, na Gávea, no dia seguinte (quarta-feira), com Paulo Sousa, Diego Alves, Bruno Spindel e Marcos Braz (e somente eles), para entender e solucionar o problema. E, em seguida, dado uma entrevista coletiva, esclarecendo tudo e acabando com a crise.
Mas, infelizmente, para os rubro-negros, Landim não resolve nada. Nem Braz, muito menos Spindel e Paulo Sousa. Que arregaram feio para os líderes da geração 85 e seus aliados. O que esperar daqui pra frente? Nada de bom. O futebol do Flamengo é uma nave à deriva, sem comando, sem rumo, sem nada. Capaz até de, única e exclusivamente, pelo talento de seus jogadores, praticar um bom futebol, como no primeiro tempo, diante do Goiás. Mas também de quase entregar a rapadura, como ia acontecendo, no final do jogo, não fosse o chute nas nuvens de Apodi, completamente livre à frente de Hugo.
Esse é o Flamengo de Paulo Sousa. Que começa jogando de forma ousada, com apenas um volante e Pedro e Gabriel juntos no ataque, e termina com quatro cabeças-de-área para defender uma magra vitória por 1 a 0, contra o Goiás, em pleno Maracanã...
Desanimador. Não à toa a torcida acabou a partida cantando coros ofensivos a Landim e o tradicional "Olê, olê, olê, olê, olê, Mister, Mister"! De quem a arquibancada falava? Pois é...
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.