Arbitragem vergonhosa no 0 x 0 no Maracanã

Luís Flávio de Oliveira é um péssimo juiz. Sempre foi. Que carregue o escudo da Fifa é uma vergonha e diz muito sobre a calamitosa arbitragem brasileira. Um profissional que mentiu numa súmula para justificar a expulsão de um atleta (Diego, do Flamengo, num clássico com o Vasco, em 2018) e acabou processado na Justiça, onde admitiu a farsa e pediu desculpas, já deveria ter sido sumariamente alijado do esporte.

Não foi, porque o nosso futebol é uma casa da mãe Joana, e acabou escalado para um jogo da importância de Flamengo x Athletico Paranaense, pelas quartas de final da Copa do Brasil. O que aconteceu? Mais uma atuação catastrófica, avalizada pelo VAR, em noite igualmente trágica.

Como explicar a não expulsão de Gabigol, que deu um pontapé em Fernandinho, sem bola? E a de Arrascaeta, numa entrada maldosa, por trás? E o pênalti escandaloso em Léo Pereira, que quase teve a camisa arrancada dentro da área por Fernandinho, que já tinha cartão amarelo e deveria também ter sido expulso? Luiz Flávio é horroroso. Mas e os homens da cabine do VAR? Como não viram e o alertaram para esses três erros crassos?

De que adianta a CBF e o chefe da comissão de arbitragem chamarem os presidentes dos clubes para anunciar providências e mudanças que permitiriam uma melhora na atuação dos juízes e do VAR se, no primeiro jogo após essa reunião, se vê um desastre como esse do Maracanã? Inacreditável!

Sobre o jogo em si, o Flamengo jogou bem, massacrou o Athletico Paranaense, que entrou apenas para se defender e praticamente não passou do meio-campo, mas foi incapaz de balançar a rede. Teve bolas na trave (uma em cabeçada de Pedro, outra em chute de Gabigol), teve bola salva por zagueiro, em cima da linha, teve de tudo um pouco. Só não teve gol.

Velho retranqueiro e especialista em Copas (a do Brasil já venceu quatro vezes), Felipão conseguiu o resultado que queria e levou o 0 a 0 para o jogo de volta na Arena da Baixada. Mas o confronto está longe de ser decidido. Jogando como jogou no Maracanã, o Flamengo de Dorival pode vencer na casa do rival. Desde que, é claro, deixe de desperdiçar as muitas oportunidades de gol que cria.