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Reação de técnicos brasileiros a Abel é pura inveja
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O português Abel Ferreira é disparado o melhor treinador em atividade no Brasil. É insuportável à beira do gramado, com seus ataques histéricos em relação à arbitragem; vez por outra é desagradável, sim, querendo dar aulas aos jornalistas e dirigentes, mas é inegável a sua competência à frente do Palmeiras, onde ganhou praticamente tudo que disputou - faltam o Brasileiro e o Mundial, sendo que o primeiro está bem encaminhado nesta temporada.
A recente reação de treinadores brasileiros contra ele (Cuca, Mano Menezes e Jorginho) é motivada por um único sentimento: inveja. Exatamente como aconteceu com seu compatriota, Jorge Jesus, que fez um trabalho revolucionário à frente do Flamengo e escancarou como os técnicos brasileiros estavam parados no tempo e no espaço.
Em vez de ficarem mandando recados, através de entrevistas, insinuações e indiretas, o que os "treineiros" brazucas deveriam é tratar de se atualizar e observar com o devido cuidado e respeito o que Abel faz no Palmeiras. Com Jorge Jesus, que fez o Flamengo jogar um futebol nunca visto por aqui, alguns tentavam diminuir seus feitos, alegando que "com aquele elenco" era fácil.
Domènec Torrent, Rogério Ceni, Renato Gaúcho e Paulo Sousa mostraram que não era bem assim. Foi preciso chegar Dorival Júnior para que as coisas começassem a voltar aos eixos. Sim, Dorival é brasileiro. Mas, curiosamente, é um dos poucos que não entram nessa de diminuir os rivais. Talvez por isso seja o que tem mais chances de obter sucesso.
Seja como for, há que se ser muito pequeno para não reconhecer a grandeza de um trabalho que já conquistou duas Libertadores, uma Copa do Brasil, uma Recopa Sul-Americana e um Estadual e lidera com folgas e méritos o atual Brasileiro. Vamos deixar de ciúmes bobos e trabalhar serio para evoluir? O futebol brasileiro agradeceria.
Na mosca
Em entrevista à ESPN argentina, o ex-treinador do Atlético Mineiro Turco Mahomed fez uma bela análise das mudanças ocorridas no Flamengo - que ele enfrentou com Paulo Sousa e Dorival:
- Com o português, o time era bem mais desorganizado, deixava espaços generosos entre as linhas, e não tinha muita consistência no ataque. Com a chegada do Dorival (e o enfrentei exatamente no momento da transição), houve uma melhora impressionante. Passou a jogar num 4-3-3, com três volantes que fecharam os espaços no meio e três atacantes que atuam mais pelo meio, deixando os lados para os laterais. É um "equipaço". No momento, joga o melhor futebol do Brasil. Mas derrotar o Palmeiras, não é fácil. Era pra ter sido goleado pelo Atlético no Mineirão e acabou 2 a 2. Devia ter sido eliminado no Allianz e se classificou. É também um time impressionante.
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