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Renato Mauricio Prado

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Palmeiras perde a invencibilidade, mas ainda é favorito para chegar à final

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, durante jogo contra o Athletico na Libertadores - Gabriel Machado/AGIF
Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, durante jogo contra o Athletico na Libertadores Imagem: Gabriel Machado/AGIF

Renato Maurício Prado

31/08/2022 00h07Atualizada em 31/08/2022 03h01

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Derrotado pelo Athletico Paranaense, na Arena da Baixada, por 1 a 0, o Palmeiras viu cair sua longa invencibilidade, em jogos fora de casa, na Libertadores, e está obrigado a vencer agora, no Allianz Parque, por pelo menos dois gols de diferença, para não precisar dos pênaltis, na luta para chegar à terceira final consecutiva do principal torneio do continente.

A ausência de seu melhor jogador, Gustavo Scarpa, suspenso, tirou da equipe de Abel Ferreira muito da criatividade e do poder ofensivo e a contusão de Rafael Veiga (na segunda etapa) acabou com o que restava de talento no meio-campo palmeirense, que não pode contar também com Danilo (outro suspenso e que não poderá atuar na volta).

Sim, Luiz Felipe Scolari é um especialista em torneios de mata-mata e em armar esquemas defensivos quase inexpugnáveis. Um 0 a 0 (ou qualquer outro empate) garantirá mais uma final de Libertadores para o experiente treinador.

Ainda assim, acho que o Palmeiras segue favorito para se classificar à decisão. Tem uma equipe bem mais qualificada, que atua junta desde 2020, sob o comando do mesmo treinador e costuma fazer valer o mando de campo em sua arena.

Mais do que a provável retranca de Scolari, entretanto, Abel Ferreira precisará fazer o seu time voltar a jogar bem. Na sequência de três jogos que lhe garantiu manter uma confortável vantagem no Brasileiro, o Palmeiras não perdeu, mas em nenhum momento praticou um futebol à altura do título de bicampeão da Libertadores e da folgada liderança que ostenta na tabela no campeonato nacional.

Jogou menos que o Corinthians, na vitória, com gol contra, na Neo Química; perdeu o primeiro tempo para os reservas do Flamengo, no Allianz, e foi técnica e taticamente superado pelo Fluminense no Maracanã. Os resultados (um triunfo e dois empates) foram, na verdade, muito melhores que seus desempenhos.

Fato é que o jogo da próxima terça-feira ganhou contornos dramáticos e pode ter influência até no Brasileiro. Abel escalará os titulares contra o Red Bull Bragantino, no próximo sábado? Estará o elenco palmeirense, que foi preparado fisicamente para estar no ápice, no Mundial do início do ano, começando a "virar o fio"? Que efeitos psicológicos causará um eventual fim do sonho do tricampeonato seguido da Libertadores?

Os próximos capítulos prometem muita emoção. Mas, insisto, continuo a pensar que o Palmeiras segue favorito para conquistar a vaga. Felipão que me desminta...

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