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Homenagem de Dorival a Diego vira tiro pela culatra
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A homenagem que Dorival resolveu prestar a Diego, escalando-o como titular no antepenúltimo jogo de sua carreira, pode custar ao Flamengo cerca de R$ 5 milhões, que é a diferença de premiação do terceiro para o quinto colocado. Se tivesse derrotado o limitado time do Coritiba, teria praticamente garantido o terceiro lugar, com chances até de chegar ao segundo. Agora, mesmo que vença os rebaixados Juventude (fora) e o Avaí (em casa), terá que torcer por improváveis tropeços do Fluminense e do Corinthians nas duas derradeiras rodadas para galgar posições.
Ainda que jamais tenha sido o protagonista que se esperava, quando de sua contratação, em 2016, na gestão de Eduardo Bandeira de Mello, Diego merece, sim, ser homenageado pelo clube rubro-negro. Dono de uma linda e vitoriosa carreira, o talentoso armador que surgiu no Santos, ao lado de Robinho, venceu dois Brasileiros (2002 e 2004) e colecionou títulos no Porto, no Werder Bremen, na Juventus, no Atlético de Madrid e no Fenerbahçe, antes de "comprar" o projeto do Fla em seu início.
No Flamengo, foram quatros Campeonatos Cariocas (2017, 2019, 2020 e 2021), duas Libertadores da América (2019 e 2022), dois Campeonatos Brasileiros (2019 e 2020), duas Supercopas do Brasil (2020 e 2021), uma Recopa Sul-Americana (2020) e uma Copa do Brasil (2022). Uma exuberante coleção de troféus.
Há, entretanto, vários tipos de homenagens. Escalá-lo, por melhor que tenha sido a intenção de Dorival, decididamente não é das melhores. Porque, simplesmente, Diego não tem mais condições físicas de jogar em nível competitivo. O técnico errou feio ao escalá-lo de saída e, ainda mais, ao não substituí-lo, no intervalo, após 45 minutos constrangedores - errou tudo o que tentou e só não entregou um gol ao rival porque Hugo fez grande defesa em chute de Alef Manga, que recebera "passe" de Diego e, após o intervalo, acabou cometendo, de forma infantil, o pênalti que decidiu o jogo.
O resultado, além da derrota e da perda de duas posições na tabela, foi uma tsunami de críticas dos torcedores ao treinador e ao camisa 10, nas redes sociais. Não há dúvidas: apesar das melhores intenções, o tiro de Dorival saiu pela culatra. Ele e o próprio Diego devem repensar bem o que fazer nas duas últimas partidas do Flamengo, no Brasileiro.
Minha sugestão? Que só seja escalado nos últimos 15 minutos da partida contra o Avaí, no Maracanã, quando, certamente, será aplaudido de pé pela torcida. Não vale a pena insistir em jogar de início e correr o risco de uma vaia na despedida, caso aconteça uma zebra. Principalmente, se ele for diretamente responsável por ela, como no Couto Pereira.
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