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Mediocridade de Polônia e México ameniza tragédia argentina
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Por mais que se possa louvar os méritos da Arábia Saudita, muito bem dirigida pelo francês Hervé Renard (uma versão moderna do lendário sérvio Bora Milutinovic, outro globe-trotter no comando de inúmeras seleções), a verdade é que a Argentina de Lionel Scaloni não jogou bulhufas em sua desastrosa estréia na Copa do Qatar. Uma linha de frente formada por Messi, Di Maria e Lautaro Martinez não pode ser parada pela velha linha de impedimento, celebrizada pela Holanda de Cruijff em 1974! Por mais bem executada que seja. Não há desculpa.
A situação dos argentinos só não é mais dramática porque México e Polônia, seus próximos adversários e concorrentes diretos na briga pelas vagas para as oitavas de final, deram um show de mediocridade num empate medonho em 0 a 0, que teve como único lance digno de registro o pênalti batido por Lewandowski e defendido por Ochoa. Fora ele, não dá nem pra fazer "melhores momentos" da pelada ferrada que disputaram.
Invicta há 36 jogos, até essa vergonhosa derrota para a Arábia Saudita, não é crível que a "Scaloneta" (como a torcida chama carinhosamente o time argentino de Scaloni) continue jogando tão mal. É bem mais provável que tenha sido apenas uma má jornada e que Messi e seus companheiros se recuperem já na próxima rodada, diante dos mexicanos.
Não custa lembrar que a última vez que a Argentina perdeu numa estreia de Copa foi em 1990, quando foi derrotada por Camarões. Apesar disso, sob o comando de Maradona, conseguiu chegar à final, eliminando inclusive o Brasil, com aquele histórico gol de Canniggia, após lance genial de Dieguito, enfileirando Alemão, Dunga, Ricardo Rocha e Mauro Galvão. Os hermanos perderam a decisão para a Alemanha, com um pênalti polêmico no finalzinho do jogo.
Comparar os desempenhos de Messi e Maradona, em Copas do Mundo é, ao menos até agora, extremamente desvantajoso para Lionel. Don Diego se agigantava com a camisa argentina, notadamente nos Mundiais. Ao contrário do que vemos acontecer com La Pulga que, nem mesmo no vice de 2014, no Brasil, chegou a produzir atuações de fato espetaculares.
Será capaz de se redimir em sua última Copa? O primeiro capítulo foi desanimador.
Em tempo: num par ou ímpar de pelada continuo a escolher Maradona a Messi. Com folga...
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