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Renato Mauricio Prado

REPORTAGEM

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Fla-Flu deve decidir o Carioca pelo quarto ano seguido

Renato Maurício Prado

25/02/2023 22h58Atualizada em 25/02/2023 23h00

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O misto de reservas e jovens que o Flamengo mandou a campo para enfrentar o Botafogo jogou com muito mais garra e entrega que os profissionais têm demonstrado quando são escalados. Por isso, venceu o primeiro dos três clássicos que o rubro-negro tem em sequência, na reta final da Taça Guanabara, e garantiu matematicamente a classificação para as semifinais do Carioquinha.

O jovem Matheus Gonçalves, que já tinha entrado bem e marcado contra o Resende, foi o autor do belo gol da vitória, logo aos 24 segundos do primeiro tempo, aproveitando-se de um passe mal feito pelo lateral direito alvinegro Daniel Borges.

E não foi somente essa a sua jogada de destaque na partida. Movimentando-se por todos os setores do meio-campo e do ataque, ele foi a principal peça ofensiva do time dirigido pelo técnico interino Rui Quintas e credencia-se, assim, como boa opção para o banco de reservas rubro-negro.

Além de Gonçalves, destacaram-se o jovem goleiro Matheus Cunha e dois veteranos rubro-negros: Rodrigo Caio e Pablo ganharam praticamente todas as disputas por baixo e pelo alto e anularam por completo o ataque botafoguense, a ponto de levar à loucura o centroavante Tiquinho Soares, que acabou merecidamente expulso e ainda agrediu, com uma cabeçada, o confuso árbitro Tarcizo Pinheiro Caetano, que anulara, corretamente, um gol de André, para o Flamengo, por impedimento, e com a ajuda do VAR, outro de Carlos Alberto para o Botafogo.

Tiquinho não foi o único expulso. O zagueiro Joel Carli (já no banco de reservas, após ser substituido) e o lateral Marçal que também quase bateu no juiz também receberam cartões vermelhos. Fato é que a equipe dirigida por Luís Castro pareceu se descontrolar após sofrer o gol relâmpago e acabou se mostrando incapaz de reagir diante de um adversário que só levou a campo reservas e garotos. Daí o apagão nervoso, que só aumentou à medida que o tempo passava.

Com o Flamengo folgado na liderança e o Fluminense tomando a vice-liderança após o triunfo sobre a Portuguesa, com dois gols de Cano e um golaço de bicicleta de Keno, tudo indica que o Estadual do Rio se encaminha para mais uma decisão em Fla-Flu, que seria a quarta consecutiva. Em 2020 e 2021 deu Flamengo e em 2022, Fluminense.

Antes disso, porém, o rubro-negro tem, na próxima terça-feira, a partida de volta da Recopa Sul-Americana, onde tentará reverter a desvantagem pela derrota por 1 a 0, no jogo de ida, em Quito. Vitor Pereira sabe que, depois de perder os dois titulos iniciais que disputou à frente do elenco mais caro e vencedor dos últimos anos no futebol brasileiro, não pode perder os dois próximos - a Recopa e o Carioca.

Nenhum treinador, na história rubro-negra, sobreviveu no cargo, após perder os primeiros quatro títulos que disputou.