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Vítor Pereira deveria sair do Flamengo de braços dados com Marcos Braz
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O Flamengo de Vítor Pereira é um nada. Um desastre. Um zero à esquerda. Involuiu assustadoramente em relação ao time campeão da Copa do Brasil e da Taça Libertadores, com Dorival Júnior - mesmo levando-se em conta a queda de produção dos rubro-negros na reta final da temporada do ano passado.
A desculpa, usada na entrevista coletiva, de que VP está precisando trocar os pneus com o carro andando, é uma falácia. O bólido que ele assumiu acabara de vencer dois dos três principais torneios da temporada anterior. Fora o melhor do continente em 2022. Necessitava de ajustes? Sim. Mas tudo que ele tentou só fez piorar o desempenho individual e coletivo da equipe.
Se Vitor Pereira perder o Carioquinha, o quarto título que disputará, após perder os três primeiros, com direito a dois vexames (na semifinal do Mundial e na decisão da Recopa Sul-Americana, em pleno Maracanã, com mais de 70 mil rubro-negros que enfrentaram um temporal, na esperança de uma conquista), não vejo condições para que continue à frente do time.
Em dois meses de trabalho, o Flamengo não jogou bem nem sequer uma vez sob seu comando. Sua frase de efeito de que "não é como começa, mas como termina" é uma enganação, um jogo de palavras sem sentido. Já terminaram mal três das competições que ele disputou até agora. O que pode levar a crer que daqui pra frente será diferente? Nada.
Não há nem sequer um indício, uma faísca de um time em evolução. Ao contrário, só piora. A ideia dos três zagueiros, com Thiago Maia praticamente como um lateral-esquerdo e Ayrton Lucas "espetado" na ponta-esquerda, foi um tiro n'água. O Flamengo só atacou pela direita, pois não havia viva alma para dialogar com Lucas, pelo outro lado. E Thiago foi incapaz de tornar a saída de bola eficiente. Que tática é essa?
Se, no segundo tempo, quando o time "morreu" fisicamente (que preparação desastrosa para o início da temporada!), as entradas de Matheus Gonçalves e Éverton Cebolinha melhoraram um pouco o rendimento ofensivo, as substituições de Pedro por Mateusão só pode ser entendida como brincadeira de mau gosto e Ayrton Lucas por Marinho (como um treinador realmente competente pode crer nesta ideia estapafurdia?) foram desastrosas.
A troca de Vitor Pereira por Dorival Júnior revelou-se um erro piramidal, justamente no momento em que o Flamengo disputaria o título mais importante da temporada: o Mundial Interclubes. E quem foi o responsável direto por ela? Marcos Braz, o vice-presidente de futebol que usa o clube como trampolim para sua carreira política, e acumula um equívoco atrás do outro.
Se Vítor perder o Carioquinha, merece ser demitido sumariamente - insistir no erro, como aconteceu com Paulo Sousa será uma burrice tão grande quanto foi a do ano passados. Mas, de braços dados com ele deveria sair Marcos Braz. Responsável direto por esse catastrófico início de 2023.
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