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Fla evolui, mas com Vidal joga com menos um
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Em seu segundo jogo sob o comando de Jorge Sampaoli, o Flamengo já mostrou-se bem mais organizado do que era quando dirigido por Vitor Pereira. Voltou a jogar com linha de quatro, passou a utilizar o goleiro Santos, na saída com três (os outros eram os zagueiros Fabrício Bruno e Léo Pereira) e dominou as ações, criando mais chances para marcar que o Internacional.
Ainda assim, perdeu, com um golaço de Maurício (autor também do gol de empate). ao apagar das luzes. Derrota típica da velha máxima, quem não faz, leva. Pouco antes, Gabriel desperdiçara passe precioso de Gérson, chutando em cima do goleiro Keiller, e Matheus França cabeceara na trave. Resultado que pode até ser considerado injusto, pelo que as duas equipes produziram em campo, mas esse tipo de justiça, sabemos, não existe no velho e violento esporte bretão.
Alguns pontos, entretanto, valem a pena ser ressaltados:
- Arturo Vidal foi, uma vez mais, um espectador privilegiado dentro do gramado. Um zero à esquerda. Não marca, não arma, não faz coisa alguma. Quando a bola chega aos seus pés, é devolvida rapidamente, para o lado ou para trás, para o companheiro mais próximo. Com ele, o Flamengo joga com menos um.
- Gabriel segue em péssima forma física e técnica. Nitidamente acima do peso, desperdiçou pelo menos duas boas oportunidades para marcar. Quando recua para buscar jogo é mais um que, na maioria das vezes, se limita a tocar pra trás, geralmente para quem lhe fez o passe. Parece que ainda não voltou das férias...
- Se é verdadcira a máxima de que um grande time começa por um grande goleiro, o Flamengo precisa encontrar o seu. Santos não consegue fazer a diferença. Não pega aquele bola que parece impossível e garante o resultado. Aconteceu no primeiro gol de Maurício e no segundo estava mal colocado, permitindo o (belo) chute por cobertura.
- Trocar Pedro por Marinho foi decisão estapafúrdia de Sampaoli. Se queria tirar algum dos atacantes, que fosse Gabriel, que está mal. Além disso, já está mais do que na hora do técnico perceber que o Marinho que treinou no Santos não tem mais nada a ver com o atual. Muito melhor teria sido colocar logo Matheus França, que uma vez mais entrou bem.
- Ponto altamente positivo foi a atuação de Gerson. Além do golaço que marcou, criou várias outras boas jogadas, parecendo estar bem à vontade, mais avançado, pela esquerda, onde pode fazer boas combinações com Ayrton Lucas, que continua a jogar muito, inclusive na defesa (um desarme que fez, de calcanhar, num contra-ataque perigoso do Inter foi de bater palmas de pé). Léo Pereira é outro que merece destaque.
- Na entrevista pós-jogo, Sampaoli voltou a falar em jogo posicional, dizendo que o time só estará pronto quando tiver assimiliado bem os conceitos de sua forma de jogar preferida. Mais um que chega falando uma coisa (que o treinador tem que se adaptar as características de seu elenco e não o contrário) e faz outra...
A conferir as cenas dos próximos capítulos. O que vem a seguir promete: para reverter os 2 a 0 diante do Maringá, no Maracanã, o Flamengo precisará fazer o que não conseguiu no Beira-Rio. Transformar em gols as oportunidades que criar.
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