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Renato Mauricio Prado

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Plano de Sampaoli deu certo. Mas não pode ser o normal do Flamengo

Renato Maurício Prado

02/06/2023 01h28Atualizada em 02/06/2023 01h28

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O plano de Sampaoli deu certo. Ao tirar Pedro e escalar David Luiz, formando na defesa uma linha com três zagueiros, deixando no ataque apenas Gabigol, apoiado por Arrascaeta e Gerson, o técnico rubro-negro conseguiu dar ao seu time um poder de marcação admirável, que anulou quase todas as tentativas do ataque tricolor.

Com grandes atuações de Thiago Maia e Eric Pulgar, o Flamengo disputou todos os lances em seu campo defensivo com ao menos três jogadores cercando o atacante rival que tinha a bola. Houve também pressão na saída do tricolor da defesa para o ataque e em todas as partes do campo os rubro-negros se mostraram bem mais dispostos e efetivos.

A vitória por 2 a 0 (placar modesto tantas foram as oportunidades criadas e desperdiçadas, em contra-ataque, no segundo tempo) e a classificação foram justíssimas, tamanha a superioridade rubro-negra nas duas partidas. A forma de jogar na segunda, entretanto, não pode ser a usual para o Flamengo.

A estratégia foi bem-sucedida e elogiável, contra um Fluminense que se caracteriza pela posse de bola (e assim goleou o rubro-negro, na decisão do Estadual), mas não faz sentido, por exemplo, contra o Vasco, no próximo jogo, pelo Brasileiro. Tampouco contra o Racing, em duelo da Libertadores que o Flamengo tem a obrigação de vencer.

Pela primeira vez no ano, pode-se dizer que a torcida do Fla foi dormir totalmente satisfeita. A equipe de Sampaoli, entretanto, como ele próprio admite, ainda está a anos-luz de estar pronta. As cenas dos próximos capítulos ainda prometem muita emoção.