Golaço de Gérson salva Fla de Sampaoli de novo vexame
Após as derrotas acachapantes para o Red Bull Bragantino e o Cuiabá e os empates decepcionantes com o América Mineiro, e os reservas do São Paulo (esse último obtido no apagar das luzes), o Flamengo de Jorge Sampaoli ia aprontando mais uma para o seu combalido torcedor.
Empatava com o vice-lanterna do Brasileiro, o Coritiba, com direito a sofrer um sufoco do adversário, no final. Eis que Gérson acertou um chutaço improvável de fora da área, no ângulo do goleiro Gabriel, e garantiu um triunfo importante, mas que nem de longe serviu para apagar mais uma atuação caótica e desanimadora.
Depois que o Flamengo derrotou o Grêmio por 1 a 0, no Maracanã, classificando-se para a final da Copa do Brasil, a parte otimista da torcida até acreditou que tal resultado poderia marcar o início de uma nova era no rubro-negro, que coleciona fracassos em série na temporada.
O abraço de todos jogadores, fazendo questão de incluir Sampaoli na roda, na comemoração do gol de Arrascaeta (de pênalti), com inúmeros tapas na careca do argentino, diziam, poderia "esquentar" o relacionamento frio e distante que ele tinha com o elenco e ajudar o time a voltar a jogar bem - algo raríssimo em 2023.
O primeiro tempo no Couto Pereira, com alta intensidade e muita rotatividade da equipe rubro-negra, virando um placar adverso para 2 a 1, até parecia justificar tais expectativas róseas.
Mas com um minuto do segundo tempo, uma saída errada de Matheus Cunha causou um ataque relâmpago do Coritiba e o segundo gol, que empatava o jogo. A partir daí, todos os tradicionais problemas do time de Sampaoli voltaram a aparecer.
Lentidão extrema nas jogadas de ataque, com excesso de toques para os lados e para trás, inúmeros erros de passes na saida de bola, jogadores parados em seus quadrados, esperando a bola chegar etc,, etc. O conhecido e improdutivo pacote Sampaoli inteiro.
Como de hábito o técnico demorou a mexer e quando o fez, meteu os pés pelas mãos. Ao invés de trocar Victor Hugo por Luís Araújo, colocou em campo, Éverton Ribeiro (que não acertou um lance sequer).
Filipe Luís, responsável direto pelo primeiro gol, saiu para entrar Ayrton Lucas (que deveria ter começado como titular) e, a cereja do bolo, quando enfim pôs em campo o extrema que veio da MLS, sacou Gabriel e deixou o time com Bruno Henrique improvisado no comando do ataque. Só na finalzinho tirou o BH (disparado o melhor jogador rubro-negro) e fez entrar Pedro.
Acabou salvo pela canhota mortífera de Gérson. Como de hábito, tem vencido graças à qualidade individual que o elenco ainda tem, O coletivo inexiste, Mas Jorge Sampaoli segue insistindo no jogo posicional que manieta o talento de seus principais jogadores. Até quando?
EM TEMPO
Filipe Luis, Éverton Ribeiro e David Luiz não podem ter seus contratos renovados. Não tem mais condições físicas de jogar o futebol que já jogaram. É uma pena, mas não faz mais sentido mantê-los por mais uma temporada, É preciso renovar o elenco. Para outro treinador, porque Sampaoli é um engodo.
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