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Flamengo precisa demitir Sampaoli já. E ousar com Filipe Luís

Jorge Sampaoli é um cadáver insepulto no comando do Flamengo. E era tão óbvio que o final do filme seria trágico assim, O quarto treinador posicional do Flamengo fracassou como os outros três anteriores (Dome, Paulo Sousa e Vitor Pereira). Esse elenco, capaz de ganhar dois Brasileiros, duas Libertadores e uma Copa do Brasil, jogando em esquemas funcionais, não gosta, nem sabe jogar dessa forma, na qual suas maiores virtudes são engessadas pela rigidez tática. E agora?

Depois de dispensar Dorival Júnior, o Flamengo foi um fiasco nas várias competições que disputou e poderiam ter lhe garantido a mais gloriosa das temporadas. Perdeu a Supercopa do Brasil, foi humilhado no Mundial de Clubes (nem sequer chegando à final), acabou derrotado na Recopa Sul-Americana e foi batido inapelavelmente até na Taça Guanabara e no Estadual do Rio. Aí trocou seis por meia dúzia. Saiu Vítor Pereira, entrou Jorge Sampaoli. E os vexames continuaram, com a eliminação vergonhosa na Libertadores e uma campanha medíocre no Brasileiro.

Tudo que restou é a Copa do Brasil, uma espécie de prêmio de consolação que ao menos lhe garantiria uma bela premiação em dinheiro e uma vaga direta na Libertadores do ano que vem. Mas jogando esse futebolzinho medíocre e irritante, que foi incapaz de vencer os reservas do São Paulo e do Internacional e acabou surrado pelo Cuiabá, alguém acha mesmo que isso é possível?

Se o Flamengo perder o título, ironia maior do destino, para o time de Dorival Júnior, as chances de acabar não conseguindo sequer uma vaga na Libertadores, através do Brasileiro, são reais, diria mais, palpáveis. O que fazer? Um dos principais argumentos dos (pouquíssimos) que ainda defendem a permancência do alucinado pelado é que não há quem colocar em seu lugar.

Pois ofereço uma solução que já deu certo no passado, com o timaço de Zico, que também andou meio perdido, após a saída de Cláudio Coutinho e sob o comando de Dino Sani. Naquela época, o presidente Antônio Augusto Dunshee de Abranches apostou todas as suas fichas em Paulo César Carpegianni, que há pouco encerrara sua carreira e estava na comissão técnica como auxiliar.

Coragem, Landim. Ouse com Filipe Luís que, tal como Carpegianni, em 1981, era um dos líderes daquele grupo excepcional, formado por Zico, Júnior, Leandro e tantos outros craques. Ele, que é um estudioso e sempre pretendeu ser treinador, pode devolver a motivação a este grupo e fazê-lo a voltar a jogar o futebol que lhes garantiu tantos canecos. Não vejo opção melhor,

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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