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Bruno Henrique salva Sampaoli e devolve a graça ao Brasileirão

A vitória foi gigantesca. O Botafogo, líder disparado do Campeonato Brasileiro, após 21 rodadas, tinha 100% de aproveitamento jogando em seu estádio - algo espetacular e absolutamente inédito na história do nosso futebol. Tal dado é suficiente para dimensionar a importância do triunfo do Flamengo, obtido em meio a uma gigantesca crise no rubro-negro que, em caso de derrota, poderia desaguar na demissão do técnico Jorge Sampaoli.

Bruno Henrique salvou-lhe a pele. Com uma soberba atuação individual, foi disparado o melhor jogador em campo, pintou e bordou e fez um golaço por cobertura, no ótimo arqueiro alvinegro Lucas Perri, garantindo uma vitória que pode devolver a graça ao campeonato, caso o Glorioso sofra novos tropeços nas próximas rodadas - e o surpreendente desequilíbrio emocional do técnico Bruno Lage, que pôs o cargo à disposição, após a derrota, traz uma preocupante incerteza para o líder do campeonato.

Nem tudo, porém, foram flores no Flamengo. Se o desempenho individual de Bruno Henrique fez a diferença, em termos coletivos, o time de Sampaoli continua a ser um caos. Minimizado na noite de sábado, no Nílton Santos, pela disposição redobrada de seus jogadores, apesar da inexistência de um sistema tático que lhes auxilie no desenrolar dos jogos.

O Botafogo de Bruno Lage, porém, ajudou. Ao escalar JP na lateral direita e Segovinha, na ponta, do mesmo lado, fragilizou um setor por onde Bruno Henrique, Gérson e Ayrton Lucas criaram as melhores jogadas do rubro-negro. O treinador português, entretanto, foi ajudado por seu colega argentino que, simplesmente, substituiu Bruno Henrique por Cebolinha (uma vez mais inútil), resolvendo o problema alvinegro.

Nos minutos finais, o ex-ponta-esquerda do Grêmio conseguiu a proeza de não finalizar para o gol, uma jogada que lhe caiu aos pés, no meio-campo, e não tinha rigrosamente ninguém a defender o arco adversário (Lucas Perri fora para a área, tentar o gol de empate) e ainda armou uma jogada perigosíssima do ataque do Botafogo, dentro da área do Flamengo.

De positivo mesmo, Sampaoli fez apenas uma coisa: deixar Gabriel no banco o tempo todo, Pedro não chegou a fazer uma grande partida, mas pelo menos lutou e concluiu duas vezes com perigo. Até que o atual camisa 10 do Mais Querido decida se quer ser mais Lil Gabi que Gabigol, seu lugar é mesmo no banco de reservas.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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