Lorpas e pascácios dizem que Neymar superou Pelé. Só rindo! Pra não chorar
Enfrentar a Bolivia fora de La Paz é mais ou menos como empurrar bêbado em ladeira. Os bolivianos disputam com os venezuelanos o título de pior seleção de futebol do continente. Daí que qualquer resultado precisa ser devidamente relativizado. Menos que a vitória, o que me interessava ver no jogo de estreia de Fernando Diniz, no comando da seleção brasileira, eram algumas posturas e disposições táticas. E, sob esse aspecto, apesar do pouquíssimo tempo de treinos que o técnico do Fluminense teve com os jogadores, gostei do que vi.
O time pareceu mais solto, os jogadores bem mais à vontade (livre do tal jogo posicional de Tite) e a goleada nasceu naturalmente. Raphinha e Rodrigo garantiram o poderio ofensivo pelas extremas e marcaram gols. Neymar, apesar do pênalti desperdiçado (marcação altamente discutível), também balançou a rede, movimentou-se bem e foi o centro das jogadas de ataque, ainda que longe de sua melhor forma física, e Bruno Guimarães foi o principal destaque do meio-campo brasileiro.
O gol boliviano, quando o placar já era 4 a 0 para o Brasil, pouco fez diferença. As equipes dirigidas por Diniz são conhecidas por sua extrema capacidade ofensiva, deixando, naturalmente, alguns espaços no sistema defensivo. Nada para se preocupar demais,
Com o gol marcado diante dos bolivianos, Neymar superou o número de gols marcado por Pelé, com a camisa da seleção, deixando em polvorosa boa parte da imprensa. Qual a importância disso? NENHUMA! Os gols de Pelé levaram o Brasil a três títulos mundiais. Os de Neymar não foram capazes de garantir nem sequer uma conquista realmente importante. Mas nos dias de hoje, a sede por estatítiscas, números, análises táticas etc., faz com que jornalistas, programas esportivos e redes sociais se debrucem sobre isso dando ao fato uma importância que ele não tem.
Ainda bem que o "Deus de todos os estádios" não está mais entre nós, pra ver e ouvir tanta idiotice. Neymar e Pelé, simplesmente, não cabem na mesma frase. Por serem vinhos de pipas muito diferentes.
O próximo adversário da seleção será o Peru, em Lima. Outra barbada. Os únicos jogos que realmente interessam, como teste, são os confrontos com a Argentina e o Uruguai.
Em tempo: pelo futebol que (não) está jogando no Totthenham, Richarlisson não deveria nem ser convocado. Quanto mais ser titular!
Opinião
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL
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