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Flamengo de Sampaoli é desorientado, desastroso e perdido

Quanto mais o Flamengo de Jorge Sampaoli treina, menos joga. Isso é o bastante para demonstrar a absoluta incompetência do treinador. Contra o Athletico Paranaense, desfalcado de Vítor Roque e Fernandinho, em Cariacica, não foi diferente. Após o período de treinamentos de 10 dias, graças à Data Fifa, o rubro-negro carioca protagonizou mais um vexame (tal como acontecera contra o Red Bull Braganitno, o Cuiabá etc.). Não jogou bulhufas e foi, merecidamente, derrotado por 3 a 0.

Tivesse o clube da Gávea um presidente que entendesse minimamente de futebol, Sampaoli nem sequer teria sido contratado e, em sendo, perderia o cargo no dia do lamentável episódio em que seu preparador físico, boçal, agrediu Pedro com um soco na cara. Landim, entretanto, comemorou a decisão do treinador, que aceitou ficar, apesar da demissão do auxiliar ignorante.

Se desde o início a coisa já não andava bem, dali pra frente foi só ladeira abaixo, Nas poucas vitórias, como a sobre o Botafogo, o que o salvou foram exibições individuais como a de Bruno Henrique. Coletivamente, o Flamengo é um caos desde Vitor Pereira, até agora. Sintomaticamente, ambos ferrenhos adeptos do jogo posicional, como Domènec Torrent e Paulo Sousa, outros dois fracassos retumbantes escolhidos por Marcos Braz e Landim.

Desta vez, entretanto, Sampaoli se superou. Por causa da ausência de um lateral-esquerdo de oficio (não tinha Ayrton Lucas, suspenso, e Filipe Luis, machucado), ele resolveu mexer no time todo e escalou Thiago Maia, como lateral, e David Luiz, de volante. Deu no que deu, Montou uma equipe Frankestein, caolha e manca, Nada funcionava. Nem a dupla Pedro e Gabigol que ele resolveu reunir novamente, depois de desfazê-la, no início de seu trabalho.

Na entrevista coletiva, pós jogos, Gabriel, com um ar um tanto quanto irônico, defendeu o treinador, dizendo que tudo isso fora treinado nesses dias. O que comprova a cegueira do técnico, capaz de acreditar em seus próprios devaneios. Ou será que a atuação contra o "poderoso" Zinza foi suficente para lhe dar a certeza de que suas invenções iriam funcionar?

No próximo domingo, o Flamengo começa a decidir, no Maracanã, o título da Copa do Brasil, o único que lhe restou, como uma espécie de prêmio de consolação, numa temporada que começou cheias de expectativas e acabará repleta de frustrações. Com Sampaoli, as chances de conquista são cada vez mais reduzidas, Sua demissão, pelo menos, traria ao grupo um alívio e a possibiiidade de voltar a jogar como sempre soube e gostou (vide Jorge Jesus, Dorival e até Renato Gaúcho). Quem colocar no lugar dele? Filpe Luís. Repetindo o que fez Antônio Augusto Dunshee de Abranches, em 1981. Que acabou campeão da Libertadores, do Mundo e de mais um brasileiro.

Não custa lembrar, quando Sampaoli dirigia o Sevilha, que brigava contra o rebaixamento, bastou a sua demissão (era odiado pelos jogadores, como no Flamengo) para que a equipe se reerguesse no campeonato espanhol e, de quebra, conquistasse a Liga Europa, sob o comando de um interino inexpressivo. O exemplo está ai. Landim só não o seguirá senão quiser. Infelizmente, não deve querer, Porque, vaidoso como é, não quer dar o braço a torcer, de que sua escolha foi mais um desastre. O certo teria sido esperar por Jorge Jesus, Mas ele jamais admitirá isso.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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