Sampaoli é dos piores técnicos da história do Fla. Mas há quem o defenda!
Jorge Sampaoli jamais deveria ter sido contratado. É um treinador alucinado, psicologicamente instável, caótico e que, exceção feita a um período específico de sua carreira, no Chile (quando ganhou uma Copa América, com a seleçao, e três títulos nacionais e a sul-americana, com a Universidad do Chile), coleciona fracassos nos quatro cantos do mundo.
Inclusive no Brasil, onde conquistou apenas um campeonato mineiro com o Atlético MG e um vice-campeonato brasileiro, com o Santos, a 16 pontos do Flamengo de Jorge Jesus. Detalhe: nos dois casos, após a sua saída, os times cresceram, em ambos os casos, sob o comando de Cuca, e chegaram, no caso do Santos, a uma final de Libertadores, e no do Atlético Mineiro, a um título brasileiro e um da Copa do Brasil.
Na Argentina, o "pelado" virou pilhéria, após o fracasso retumbante com a seleção de Messi, na Copa de 2018, onde houve até um motim contra o seu comando. Sintomaticamente, quatro anos depois, sob a batuta de Lionel Scaloni, os argentinos ganharam a Copa. Coincidência? Claro que não! Ah, ia me esquecendo. Quatro anos antes de Sampaoli, a Argentina fora vice-campeã do mundo, na Copa do Brasil em 2014..
No Sevilha, que sob o seu comando brigava para não cair, sua demissão foi comemorada com festa e a equipe espanhola afastou-se rapidamente do risco de descenso e, de quebra, ganhou a Liga Europa. Precisa dizer mais?.
Se o presidente Rodolfo Landim e seu comando de futebol, incluído ai o tal "conselhinho", conhecessem um mínimo de futebol, saberiam também que Sampaoli é um ferrenho adepto do jogo posicional. Tal qual Domèmenc Torrent, Paulo Sousa e Vitor Pereira. Todos deram com os burros n'água com o atual grupo rubro-negro. Por que com ele seria diferente?
Talvez tenham caído no conto do vigário de Sampaoli, no "Bem, Amigos", em plena época do desastre Paulo Sousa, quando, demagogicamente, disse que o bom treinador não é o que chega com um esquema pronto e quer que seus jogadores se adaptem a ele, mas aquele que entra no clube, observava as características e qualidades de seu plantel e só então montava seu plano tático. Ao contrário do que ele fez, ao chegar ao Ninho do Urubu.
Confesso que, ao saber da tal reunião dos jogadores do Fla, durante uma hora, sem a presença do técnico e de dirigentes, achei que poderia haver uma tomada de atitude do tipo da de Oscar Schimdt, que ouvia as instruções do treinador e, ao retornar à quadra, dizia aos companheiros, com toda sua autoridade de melhor jogador brasileiro em sua época:
- Esqueçam tudo isso e mandem a bola pra mim, que eu resolvo.
E resolvia. Tive, então, a vã ilusão de que poderiam ter decidido voltar a jogar como nos tempos de Jesus ou Dorival, mandando às favas o tal jogo posicional. Tolinho, fui eu.
Mal rolou a bola, lá estava Bruno Henrique, o único jogador do plantel que tem feito a diferença, atarraxado na ponta-esquerda, marcado pelo ótimo Rafinha. Mesmo com Gabriel, Pedro e Bruno no ataque, sabem quando o Flamengo foi dar o primeiro chute a gol? Depois dos 10 minutos do segundo tempo! Prova inconteste do fracasso do sistema de Sampaoli.
E o fracasso não é apenas tático. Impressiona como estão mal tecnicamente jogadores que são sabidamente de alta qualidade. Gabriel não acerta nada; Pedro nem sequer consegue fazer direito uma matada de bola; Gerson erra passes de três metros e até Bruno Henrique foi mal diante do São Paulo. Desaprenderam ou estão sendo pessimamente treinados?
Conhecendo as convicções de Sampaoli, mesmo não assistindo aos seus treinos (ninguém assiste) a sensação que passa é que treinar fundamentos (algo imprescindível para qualquer atleta, como já ensinava mestre Telê) passou a ser secundário no Ninho do Urubu, O negócio é esfalfar o elenco nos treinos físicos e entupir a cabeça de todos com os posicionamentos que devem adotar durante o jogo. Menos técnica, menos liberdade para improvisar, o resultado é o que se vê.
Pobre Flamengo! Transformou aquele que poderia ser o ano mais glorioso de sua história, no maior fracasso de todos os tempos.
Parabéns, Rodolfo Landim. Você é o maior culpado. Por escolher Sampaoli (e ainda defendê-lo) e manter o mais caótico comando do departamento de futebol rubro-negro, com Marcos Braz, Bruno Spindel, Fabinho, Juan, Gabriel Skinner e quejandos.
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