Botafogo é o virtual campeão, com derrotas de Bragantino e Flamengo

Pior, como não joga no próximo final de semana, graças ao tiro no próprio pé, desferido por seu presidente Rodolfo Landim, pode acabar sendo ultrapassado por Athletico Paranaense e Grêmio e acabar em sexto, última posição que classifica para a principal competição do continente, obrigado ainda a disputar dois jogos preliminares, antes de chegar à fase de grupos.

Após duas vitórias nos dois primeiros jogos dirigidos por Tite, dessa vez o rubro-negro ficou devendo muito. Até saiu do primeiro tempo com uma vitória parcial por 1 a 0 mas, após o intervalo, se acomodou no tradicional toque de bola improdutivo e, com as alterações promovidas por Renato Gaúcho e uma péssima escolha de Tite (ao trocar Eric Pulgar por Éverton Ribeiro) viu a vitória escapar e tomou a virada em apenas 10 minutos. No final, descontou, mas era tarde.

Com atuações individuais desastrosas, notadamente dos jogadores que entraram, como Bruno Henrique (que perdeu bisonhamente a bola em dois dos três gols gremistas) e Gabigol (que mal participou do jogo), restou uma pergunta preocupante para o que resta da temporada. Como colocar minimamente em forma um elenco que parece ter se desmobilizado totalmente, após as duas grandes conquistas da temporada passada?

Como é possível que, por exemplo, a badaladíssima dupla Pedro e Gabriel tenha se transformado num duo de atacantes tão medíocres, que mal dominam os fundamentos básicos do futebol?

É óbvio que o problema maior não está na área técnica, mas no comando do departamento de futebol, incapaz de controlar jogadores que passaram a se sentir e se portar como celebridades, se empenhando muito mais nas noitadas e nas publicações da boa vida que levam, nas redes sociais, do que no foco necessário na profissão que exercem.

Pode até ser que Tite, com todo o seu prestígio, assuma as chaves do Ninho do Urubu e reimplante a ordem e o profissionalismo que se esvaiu no comando trêfego do vereador que morde virilha de torcedor, do negociante de contratos que não tem pulso para comandar ninguém, tal como seus subordinados, Juan, Fabinho, Skinner e que tais.

Com essa turma, ou o treinador faz como Jorge Jesus, que cuidava de tudo, ou Dorival, que soube ganhar o grupo na base da conversa, ou a zona total continuará a imperar no futebol rubro-negro.

Acho que Tite já está percebendo isso (e a volta da concentração é um sintoma claro), mas será que vai dar tempo de atingir um nível mínimo que permita se manter entre os quatro primeiros? Impossível ter certeza neste momento.

DEFINIÇÃO PERFEITA

De um internauta, em minha live, no Canal Ilan e Renato, após a derrota no Sul:

"Éverton Ribeiro é o novo Diego Ribas. Fez muito pelo Flamengo, mas acabou. Muito obrigado e passa no caixa".

Concordo com ele. Mas o Flamengo, que acabou de dar três anos de contrato a Bruno Henrique, com 33 anos, e fala em dar cinco a Gabriel, que não está jogando patavinas, é bem provável que o mantenha....

Todos aos botes!