Atlético-MG é o time do momento, mas Palmeiras tem o título nas mãos
O Atlético Mineiro passou por cima do Flamengo, em pleno Maracanã, e confirmou sua condição de melhor time desta reta final do Campeonato Brasileiro. Mas, salvo uma grande zebra nas duas rodadas derradeiras, o Palmeiras será o campeão brasileiro.
Faltando dois jogos teoricamente fáceis, o Fluminense provavelmente poupando seus principais titulares, e o Cruzeiro, talvez já livre do rebaixamento, somente uma grande zebra evitará o bicampeonato de Abel Ferreira, que já tem também um bicampeonato da Libertadores e uma Copa do Brasil.
No jogo mais esperado da rodada, no Maracanã, Luiz Felipe Scolari e Tite, que fizeram as pazes, numa cena bonita, antes de a bola rolar, travaram um duelo no qual o treinador da equipe mineira foi vencedor com sobras.
Numa aposta arriscada, o técnico dos cariocas repetiu uma fórmula que deu certo contra o frágil América Mineiro, com Bruno Henrique, na direita, e Cebolinha, na esquerda.
Deixou o meio-campo desguarnecido e o Atlético, bem montado defensivamente para jogar em contra-ataques com a melhor dupla de ataque do futebol brasileiro, Hulk e Paulinho, deitou e rolou.
É verdade que falhas gritantes de seus laterais-direitos (Matheuzinho e Wesley) facilitaram os gols atleticanos - é inacreditável que Marcos Braz, Bruno Spindel e quejandos tenham submetido o rubro-negro carioca a disputar uma temporada inteira sem nem sequer um jogador decente para a posição.
Mas fato é que a equipe mineira, que faz a melhor campanha do returno e joga também o futebol mais competente do momento, sobrou na partida. Contribuiu para isso, além da escalação, uma série de atuações individuais medonhas da maioria de seus adversários.
Arrascaeta, possivelmente, tenha feito a pior apresentação com a camisa do Fla. Errou tudo o que tentou. Até passes simples, de três, quatro metros. Um desastre. Gerson foi outra nulidade, bem como Pedro. Todos infinitamente abaixo do que podem e já jogaram neste mesmo campeonato.
O sonho do título mais improvável da história rubro-negra morreu, mas a luta para se manter no G—4, grande objetivo de Tite, ao assumir faltando nove rodadas para o final, contrariando até a promessa que fizera para sua própria família, continua de pé.
O Flamengo precisa ganhar as duas partidas que lhe restam para garantir a vaga direta na fase de grupos, independentemente dos resultados de Grêmio e Red Bull Bragantino, seus mais próximos perseguidores.
Para 2024, entretanto, é necessário uma profunda reformulação no elenco que ganhou duas Libertadores, dois Brasileiros e uma Copa do Brasil mas, hoje em dia, parece bananeira que já deu cacho. Não vai dar mais nada.
Que Tite comande esta reformulação. Pois se deixar nas mãos de Braz e Spindel, as chances de nova temporada catastrófica, como a que está acabando, são grandes.
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