Palmeiras campeão, na despedida de Filipe Luís
Palmeiras campeão de um Brasileiro que lhe foi entregue de bandeja pelo Botafogo, na maior amarelada da história do nosso futebol. A ponto de, no momento, o Glorioso, que chegou a ter 13 pontos de vantagem, estar fora até do G-4, ainda que tenha possibilidades de voltar a ele, dependendo dos resultados do Flamengo e do Grêmio. Que inacreditável derrocada!
Como os seis classificados para a Libertadores já estão definidos, a emoção mesmo se resume à briga contra o rebaixamento, com três times se engalfinhando pela última vaga no inferno: Bahia, Vasco e Santos! O resto é o resto.
Prefiro, então, falar de Filipe Luís, que se despediu da torcida do seu coração num Maracanã engalanado, numa festa tão linda quanto perigosa. O gol do Cuiabá nasceu de um de pênalti originado numa bola mal atravessada por ele. E o final foi um sufoco por causa disso.
O Flamengo, porém, venceu e depende apenas de si para se manter no G-4 (no momento ocupa a terceira posição). Tratemos, então de Filipe Luís, esse grandíssimo lateral-esquerdo que conseguiu se igualar a ocupantes históricos dessa posição no nosso futebol, casos de Nilton Santos, Marinho Chagas, Júnior, Branco, Roberto Carlos, Marcelo e que tais. mesmo sem ter suas principais qualidades..
E como conseguiu isso? Com uma inteligência acima da média e uma compreensão do jogo raríssima entre os boleiros. Filipe Luís era aquele tipo de atleta que, naturalmente, acabava se tornando um segundo técnico em campo. E orientava seus companheiros. De defesa, de meio-campo e, principalmente, do seu companheiro de ala esquerda.
Não é segredo para ninguém que Filipe pretende seguir no futebol e se tornar técnico. O Flamengo não pode deixá-lo escapar. Ele tem tudo para cair como uma luva na comissão técnica de Tite e, no futuro, se tornar, quem sabe, seu sucessor. É um estudioso que tem, inclusive, as anotações que fez de todos os treinadores com quem trabalhou - e entre eles estão, por exemplo, Diego Simeone e Jorge Jesus.
Filipe é um estudioso. Ao contrário de Juan, que, ao tentar explicar o inexplicável (o que ele e Fabinho fazem no departamento de futebol rubro-negro) disse que o clube rubro-negro começou a usar seus ex-jogadores com Júnior! Deus do Céu!
Se tivesse perguntado ao Maestro (ex-Capacete) ele teria lhe contado que, nos idos de 1970, já havia na comissão técnica um ex-cracaço chamado Modesto Bria que, certamente, fazia um trabalho bem mais útil que ele. E nem sequer foi pioneiro...
Melhor não leva-lo mais para as entrevistas, Tite. Por que apenas reforça aquilo que todos já sabem. É um absurdo que Juan e Fabinho, sejam gerentes de futebol profissional de um clube que fatura mais de um bilhão por ano.
E o mesmo serve para o inacreditável Marcos Braz. O que o ainda segura na vice-presidência de futebol, após errar tudo e um pouco mais em 2023?
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