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Quarteto vai fazendo Tite esquecer o esquema de pontinhas

Gabriel e Bruno Henrique, enfim, começaram uma partida como titulares, jogando juntos, com Tite. Não decepcionaram. Nenhum dos dois fez exibição à altura de seus melhores momentos, em 2019, mas marcaram gols (os dois da vitória sobre o Sampaio Corrêa) e, no mínimo, colocaram uma dúvida na cabeça do treinador, que até então indicava sua linha de frente predileta com Pedro e Cebolinha.

Qual será a dupla de ataque contra o Vasco, no próximo domingo? Difícil prever. Mas há algo que começa a se desenhar definitivo: o técnico que chegou ao Ninho do Urubu sonhando com um esquema que flertava com o jogo posicional, com dois pontas abertos e apenas três homens no meio-campo, vai se convencendo que, pelas características do elenco que dirige (principalmente depois da chegada do ótimo Nicolas De La Cruz), este se presta muito mais a um quarteto na armação e apenas dois atacantes de ofício à frente.

O jogo contra o fraquíssimo Sampaio Corrêa, num Mangueirão engalanado com mais de 50 mil rubro-negros apaixonados (aqueles que os invejosos chamam de "tercerizados") serviu também para que outros antigos titulares, casos de Wesley e David Luiz, tivessem oportunidade de lutar pelas suas posições. O lateral aproveitou bem sua chance e talvez jogue de início diante do Vasco. Já o zagueiro dificilmente barrará Fabrício Bruno.

Disputando amistosos nos EUA e tendo jogado até agora apenas duas partidas pelo Carioca, contra rivais muito mais fracos (Audax e Sampaio Corrêa), o Flamengo de Tite ainda não foi testado de fato. O clássico dos milhões, no domingo, será o primeiro bom teste.

Se tivesse que apostar, colocaria minhas fichas numa escalação com Rossi, Wesley, Fabricio Bruno, Léo Pereira e Ayrton Lucas: Pulgar Gérson, De La Cruz e Arrascaeta: Pedro e Cebolinha. A conferir.

CURTAS

Se os quatro "tenores" do meio-campo se firmarem (Pulgar, De La Cruz, Gerson e Arrascaeta), a dupla de ataque pode ter diversas combinações possíveis. Que Tite não se fixe em duplas fechadas, como Cebolinha e Pedro ou Bruno Henrique e Gabriel. Até Gabriel e Pedro podem ser uma opção, como nos tempos de Dorival Júnior, que também jogava com quatro no meio.

O que falta para finalizar a contratação de Léo Ortiz? Posso estar enganado, mas acho que o desmascaramento das mentiras de Marcos Braz, no caso da covarde agressão a um torcedor, no shopping, fará a diretoria chegar ao que pede o Red Bull Bragantino para que o cartola (que deveria ser sumariamente exonerado, mas não o será) pose, triunfante, com mais um reforço da janela.

Em tempo: Allan custou 10 milhões de euros; Luís Araújo, 9 milhões de dólares. Até hoje não demonstraram futebol que justificasse um terço do valor investido neles. Negociações de Braz e Spindel. Amadores num departamento de futebol profissional que fatura mais de R$ 1 bilhão por ano,

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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