Flamengo campeão com méritos e sobras
Com a vitória por 3 a 0, sobre o Nova Iguaçu, o Flamengo conquistou o seu 38o título estadual. Exceção feita aos jogadores e a comissão técnica rubro-negros, por motivos óbvios, não dá pra levar a sério quem ainda diz achar possível que a taça vá para outro destino que não a Gávea.
Foi um grande jogo, empolgante? Nem tanto. Mas teve a marca indelével de Tite. Diante de um adversário extremamente bem armado (que trabalho exemplar de Carlos Vitor!), o Fla se impõs, foi melhor do início ao fim e os três gols nasceram naturalmente. Poderiam até ter sido mais.
A campanha do campeão é simplesmente impressionante. Levou apenas um gol em 14 partidas, ainda assim quando atuou com uma equipe reserva, sem Tite na área técnica. Não me lembro de nada parecido na história do outrora dito mais charmoso estadual do país.
Nestas 14 refregas, balançou as redes rivais 28 vezes. Um assombroso saldo de 27 gols a favor. O goleiro Rossi, invicto no certame até então, nem sequer precisou fazer grandes intervenções. Somente nesse último duelo, diante do Nova Iguaçu, foi exigido, com um pouco mais de dificuldade, três vezes. Em vários jogos, se tivesse trajado um smoking branco, teria deixado o campo impecável.
Este é o maior mérito deste Flamengo de Tite. Um equilíbrio e uma solidez defensiva notáveis. Os adversários mal conseguem finalizar contra sua meta. Não custa lembrar que nos dois duelos contra o Fluminense, campeão da Libertadores, apenas um chute na direção certa da baliza do Fla foi desferido, por Arias, e obrigou Rossi a espalmar. O mortal artilheiro German Cano mal viu a cor da bola.
A fase é tão boa que Léo Ortiz e Viña chegaram e continuam no banco, à espera de oportunidades. O Flamengo voou no Rio de Janeiro. A conferir, na terça-feira, como alçará vôo internacionalmente, em Bogotá, contra o Milionários.
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