Fla gasta fortuna com Léo Ortiz para Tite escalar David Luiz
Quando o Flamengo derrotou o Nova Iguaçu por 3 a 0, garantindo o título estadual do Rio, antes mesmo da realização da segunda partida, no próximo domingo, tudo parecia conspirar a favor de uma grande estreia na Libertadores, contra a frágil equipe do Milionários, na altitude nada assustadora de Bogotá. Ledo engano.
Sabe-se lá o porquê, Tite resolveu poupar alguns dos titulares e a ausência de De La Cruz, vítima de uma virose que o impediu até de ficar no banco de reservas, acabou por demonstrar, da pior forma possível, o tamanho de sua importância na equipe.
Atribuir apenas à falta do ex-meio-campista do River Plate à péssima atuação rubro-negra no El Campin, entretanto, é simplificar uma série de equívocos cometidos por seu treinador. A começar pela escolha de Igor Jesus, um volante extremamente defensivo, para entrar em seu lugar - quando Allan o substituiu o time melhorou um pouco.
Mas não ficou por ai: Léo Pereira, por exemplo, garantiu, através de sua assessoria, que estava em plenas condições de jogo. E já que o técnico decidiu não utiliza-lo, qual a explicação minimamente plausível para que não estreasse Léo Ortiz, zagueiro tão desejado e pelo qual o Flamengo pagou uma fortuna?
Pior, tal decisão acarretou na entrada de David Luiz, que nem deveria estar mais no elenco, não fosse uma cláusula estapafúrdia de seu contrato que lhe garantiu a renovação, por número de jogos feitos em 2023. Pois ele jogou e, uma vez mais, foi um ponto fraco na zaga e errou praticamente tudo que tentou, na saída da defesa para o ataque.
Assim como ele, Viña, que substituiu o poupado Ayrton Lucas, teve atuação desastrosa. A começar por perder um gol absolutamente livre, sem goleiro, no início da partida. A sensação que ficou foi que tal fallha grotesca comprometeu de vez seu desempenho em Bogotá. Uma noite para esquecer em sua carreira. O gol de empate do Milionários saiu nas suas costas, com falha dupla de Pulgar, outro em jornada deplorável.
O gol do Flamengo, já no segundo tempo, nasceu quase que por acaso: Pulgar chutou em cima de Arrascaeta, pegou o rebote prensado, a bola carambolou na zaga e sobrou livre para o maestro uruguaio entrar na área e ser derrubado, em pênalti claro. E o infrator ainda foi expulso.
Pedro cobrou bem e converteu e, mesmo sem merecer, o rubro-negro parecia caminhar para uma vitória importante na estreia. Parecia. Em jogada pela direita, às costas de Viña, com falha de Pulgar e cobertura inexistente de David Luiz, saiu o empate.
Castigo justo para Tite que, com carreira tão longa e vitoriosa, já deveria ter aprendido que não se deve poupar na principal competição do continente. Ainda mais quando seu próximo compromisso é uma mera formalidade antes de levantar a taça. Erro crasso e feio.
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