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OpiniãoEsporte

Só o racismo pode tirar o prêmio de melhor de mundo de Vini Jr.

Neguebinha, diziam os lorpas. Foquinha 2, a missão, disparavam os pascácios. Provavelmente nem vestirá a camisa do Real Madrid, vaticinavam os debiloides.

Pois é. Vinicius Jr. tornou-se em Londres o primeiro brasileiro da história a marcar gols em duas finais de Liga dos Campeões. É mais uma vez campeão do principal torneio de clubes do planeta, com atuação decisiva.

Disparado o melhor jogador do mundo na temporada, só não será eleito assim se o racismo o perseguir, uma vez mais. O moleque habilidoso e promissor que deixou o Flamengo ao fazer 18 anos (já estava vendido desde os 15), tornou-se na Espanha um jogador genial e completo.

Só não mudou em seu jeito humilde e simpático. E mostrou, com a camisa do Real Madrid, uma personalidade forte o suficiente para enfrentar, sozinho, todos os racistas que o perseguem desde que começou a se firmar no futebol espanhol.

Vini é um gênio. É em torno dele que Dorival precisa armar sua seleção. Mesmo se Neymar voltar um dia, é em função do moleque rubro-negro que o Brasil deverá jogar a partir de agora.

Se Tite não o tivesse substituído aos 18 minutos do segundo tempo do jogo contra a Croácia, na última Copa, a história poderia ter sido outra.

Ah, Tite...

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