Rossi evita goleada, mas Flamengo segue líder
Por pouco, muito pouco, Rossi não garantiu ao Flamengo um ponto que ele não mereceu no Alfredo Jaconi. O goleiro argentino fez, pelo menos, cinco defesas portentosas e ia garantindo o 1 a 1, quando Tite, numa decisão covarde, resolveu fazer três substituições ao mesmo tempo - claramente para defender o resultado.
A bola pune, já dizia Muricy Ramalho. E o puniu. Gerson, Pedro e Léo Ortiz ainda nem tinham se sentando no banco, quando o escanteio foi batido por Jean Carlos e seus substitutos (David Luiz, Carlinhos e Emerson Araújo), ainda procuravam o melhor posicionamento, quando Mandaca se antecipou a Wesley (que dormiu na marcação) e balançou a rede no gol da vitória (merecida) dos gaúchos.
Apesar da primeira derrota na "travessia do deserto", o Flamengo segue na liderança do campeonato, graças à derrota dura do Palmeiras para o Fortaleza. O Bahia venceu o Vasco, no finalzinho, e igualou os 24 pontos do rubro-negro carioca, mas segue em desvantagem no saldo de gols. O Botafogo, que derrotou o Red Bull Bragantino, também ultrapassou o time de Abel Ferreira e ocupou a terceira posição.
Dados os devidos descontos pelos muitos desfalques (os cinco selecionados, mais Bruno Henrique, Cebolinha e Igor Jesus), impossível não registar pontos negativos e positivosna atuação do Flamengo.
1. A improvisação de Victor Hugo na ponta-esquerda se mostrou um erro crasso. E mantê-lo em campo, quando entrou Allan (saindo Lorran), apenas agravou o desastre.
2. Wesley (responsável direto pelo gol da derrota) e Ayrton Lucas jogaram muito mal. Sem laterais é difícil ganhar jogos.
3. Carlinhos, em poucos minutos, fez mais que Gabriel, que entrara mais cedo. Deu uma bela arrancada, no final da partida e um passe perfeito para Lucas empatar. Mas esse chutou em cima do goleiro.
4. Rossi teve uma atuação espetacular. Digna da grande escola de goleiros argentinos. Era o único que não merecia a derrota.
5. A festejada marcação das bolas altas defensivas, atribuída a Mateus Bacchi, fez água por todos os lados. Não fosse Rossi, o Flamengo poderia ter voltado de Caxias com uma goleada no lombo.
Opinião
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL
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