Gerson comanda o esfacelado Flamengo e o mantém na ponta
Seis jogos, quatro vitórias por "goleada", um empate e uma derrota. Esse é o impressionante retrospecto do time de Tite, ao passar da metade de sua temida "travessia do deserto" (os 10 jogos sem cinco titulares, convocados para a Copa América).
Oi? Alguém está perguntando que goleadas foram essas? Ora, as vitórias por um gol de diferença (e todas foram assim) que, neste momento tão difícil, o remendado Flamengo tem conseguido. Valem como triunfos por considerável diferença de gols. Valem os mesmos três valiosos pontos.
Jogar sem De La Cruz e Arrascaeta, além de Viña, Varela e Pulgar, parecia tarefa digna dos Doze Trabalhos de Hércules. Matar o Leão da Neméia, a Hidra de Lerna e etc, soava mais fácil. E não é que a equipe do professor Adenor vem cumprindo praticamente todas suas hercúleas tarefas?
O que mais impressiona, neste período, é a dedicação, o espírito de luta e a garra com que os jogadores rubro-negros vêm se entregando, jogo após jogo. Até o último minuto dos acréscimos. Até a última gota de suor. Todos, sem exceção.
Claro, há um super-herói em ação. Ele se chama Gerson, que, até bem pouco tempo, parte da torcida irracional queria ver longe do Flamengo, acusando-o de ser chupa-sangue, preguiçoso, lento etc. Tolinhos!
Foi exatamente ele que assumiu o papel de Hércules e passou a jogar num nível absurdo, só comparável ao que praticou na excepcional temporada de 2019. Seja como segundo volante, como armador ou como meia-direita, Gerson esbanja entrega, categoria e eficiência. Que o diga o lance do primeiro gol de Pedro, contra o Cruzeiro.
O Flamengo da "travessia" não é brilhante, nem poderia ser. Mas sua eficiência impressiona e a missão de entregar aos "selecionados" o time entre os primeiros da tabela está praticamente cumprida.
Tite queria terminar os 10 jogos em que sua equipe atua desmantelada ao menos no G-4. Está alcançando mais. A conferir a classificação após a décima sétima rodada.
Em tempo: Pedro é outro que está jogando uma barbaridade. Responsável direto por várias "goleadas" do período.
Opinião
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL
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