Em reunião com sócios, Bap se posiciona contra o estádio do Flamengo
Candidato dissidente da situação à presidência do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, tem se reunido com grupos políticos do clube para tentar angariar votos e falar de seus planos, se eleito.
O site MRN (Movimento Rubro-Negro) foi atrás do que ele tem dito. E o resultado está no X, numa reportagem que é pra deixar de cabelos em pé os torcedores do Mais Querido.
Às vésperas do leilão que permitirá que o Fla compre o terreno do Gasômetro, Bap surpreende e tem se declarado contrário a compra e a construção do estádio! E dá várias justificativas para remar contra um dos maiores sonhos da torcida. Vamos a elas.
Segundo o MRN, o candidato defende que o Flamengo deveria aproveitar a concessão do Maracanã e planejar a construção do seu estádio de forma mais racional, garantindo que o clube não perca capacidade de investimento nem tenha que recorrer à criação de uma SAF.
Bap acha que, com a concessão de 20 anos do Maracanã, o clube deveria esperar de 8 a 12 anos, se preparando financeiramente para investir na construção do estádio por conta própria.
Contra a negociação atual, ele diz ainda temer que a Justiça determine valor bem superior ao estabelecido pela prefeitura no leilão e que o Flamengo seja obrigado a pagar a diferença à vista. Defende, como melhor solução, retomar as conversas diretas com a Caixa Econômica Federal, que administra o fundo proprietário do terreno.
Bap, na verdade, parece não estar nem sequer convencido de que o Flamengo precisa de um estádio próprio. Para justificar tal visão, no mínimo controversa, ele recorre a metáforas com os associados. Diz que todos preferem morar na Vieira Souto que no Vidigal, mas precisam ter condições econômicas para isso.
E vai além, comparando o Flamengo à Madonna (!!!???), que tem que cantar em todos os lugares. Por isso pretende que o time realize grande número de jogos por ano fora do Rio, principalmente no Carioca e na Copa do Brasil, mas também em rodadas específicas do Brasileiro.
Segundo ele, essa redução da carga de jogos no Maracanã e o investimento em equipamento de qualidade para manutenção resolveriam o maior problema do estádio, que é o gramado.
Bap acha ainda que o Flamengo deve usar a possibilidade da construção do estádio próprio como ferramenta de barganha para pressionar o governo do Estado a oferecer condições melhores no Maracanã, ou, num cenário ideal, até vender o próprio estádio do Flamengo.
Assustador! O Governo jamais venderá o Maracanã ao Flamengo, ou a qualquer clube, por todos os interesses políticos envolvidos. É de cair o queixo que Luiz Eduardo Baptista acredite nisso. O que o MRN revela é a impressionante falta de sintonia do candidato com os sonhos e desejos da maior torcida do país.
Se seguir defendendo tamanhos absurdos, vai transformar a eleição numa disputa entre apenas dois candidatos: Dunshee de Abranches e Maurício Gomes de Matos, que entrou como tertius, mas já aparece bem nas pesquisas e passará a ter chances reais de vitória.
Reportagem
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