Tite montou um Frankenstein e mereceu perder o jogo e a liderança
Beira o inacreditável que Tite, com toda a sua história e suas dezenas de anos no futebol, tenha acreditado que um meio-campo com Léo Ortiz, Allan e Gabriel (de meia armador!!!) poderia dar certo no jogo contra o São Paulo, no Morumbis.
Mais grave: que após o primeiro tempo em que foi amplamente superado, porque o seu time não tinha meio-campo, e ainda assim não saiu derrotado, não tenha percebido que era urgente mudar e deveria tê-lo feito, no intervalo, tendo Gerson e Arrascaeta à disposição, no banco de reservas (entrou o primeiro, o segundo só depois de ter levado o gol de Calleri).
Pior: quando o uruguaio enfim entrou, o técnico desandou a fazer substituições a esmo, desorganizando ainda mais uma equipe que já fora um caos nos 45 minutos iniciais.
Poupar parte dos titulares, pensando na partida de volta da Copa do Brasil, contra o Palmeiras, era uma decisão polêmica mas até certo ponto aceitável, desde que houvesse um mínimo de coerência, na montagem da equipe mista. Não houve. Foi totalmente reserva.
À parte disso, há jogadores no elenco que não são dignos de fazer parte dele. O lateral direito Wesley e o volante Allan entre eles. São medíocres. Atrapalham muito mais que ajudam. Inacreditável que ainda sejam escalados.
No intervalo, no Morumbi, se Tite tivesse colocado Varela, Gerson e Arrascaeta (respectivamente nos lugares de Wesley, Allan e Carlinhos), o time poderia ter se acertado e talvez até saído com os três pontos. Mas o treinador foi incapaz de ver o óbvio e provocou tamanha confusão que nem o empate conseguiu.
Sim, o calendário é cruel. Para todos, não somente para o Flamengo. Botafogo e Palmeiras, que disputam a ponta da tabela do Brasileiro com o rubro-negro, têm desafios idênticos.
Cabe a Tite fazer as escolhas corretas. E, diante do São Paulo, ele errou tudo o que podia e um pouco mais. E mereceu a derrota, deixando no ar uma dúvida se será capaz de garantir a classificação na Copa do Brasil, na próxima quarta-feira, quando não terá direito de ser tão incompetente quanto foi no Morumbi.
Opinião
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL
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