Flamengo faz só 2 a 0 e volta em La Paz será um Deus nos acuda
Não foi a vitória que a torcida esperava, mas não deixa de ser uma vantagem para o jogo da volta, na altitude de La Paz. O que, certamente, fez os 75 mil torcedores do Flamengo saírem do Maracanã preocupados foi mais uma atuação confusa do time de Tite e, pior, a contusão muscular de Pedro (e, de quebra, a de Gabriel, que o substituiu).
Quem comandará o ataque rubro-negro nos jogos importantíssimos contra o Botafogo, pelo Brasileiro, e novamente o Bolívar, decidindo a vaga na Libertadores? Carlinhos é o único centroavante disponível no elenco, mas Bruno Henrique (que não jogou as duas últimas partidas por estar suspenso) pode ser uma alternativa mais técnica, ainda que improvisado.
Seja quem for, não será ele o maior dos problemas. O que Tite ainda não conseguiu fazer, após quase um ano inteiro de trabalho, é dar à equipe um padrão tático que permita que o futebol de seus melhores jogadores flua com naturalidade. E tome de chutão pra frente, em tentativas, na maioria das vezes frustradas, de lançamentos para o ataque. E tome de chuveirinho a esmo, com o pobre Pedro sozinho entre os zagueiros.
Precisando de gols, após vencer, a duras penas, o primeiro tempo por 1 a 0, o Flamengo só voltou a finalizar na direção da baliza contrária aos 30 minutos do segundo tempo, numa cabeçada de peixinho de Carlinhos. Prova inconteste de que o time não jogava bem, apesar de todos os elogios de seu treinador na coletiva pós-jogo.
Palavras otimistas ao vento, as duas próximas partidas, notadamente a de La Paz, têm tudo para serem autênticos "Deus nos acuda". Porque, sem dúvida, o calendário atrapalha. Mas o trabalho do professor Adenor dificulta tudo ainda mais.
PAIXÃO DESMEDIDA
O que foram os abraços e beijos tão apaixonados de Tite em seu filho, após os gols do Flamengo? Respostas às justas críticas que o rebento vem sofrendo por seu trabalho nas bolas aéreas da equipe?
Opinião
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