Agonizante na Libertadores, Flamengo vai a óbito no Brasileiro
A garotada de Filipe Luís até jogou bem. Mas carregar pesos mortos como Carlinhos, Allan, Ayrton Lucas e Matheus Cunha foi demais para eles. Com a derrota por 3 a 2 para o Grêmio, o Flamengo chegou a sete nos últimos 13 jogos, com apenas quatro vitórias e dois empates - um aproveitamento de 36%, vergonhoso para um clube que gasta quase R$ 40 milhões com a folha de pagamentos do elenco.
O trabalho de Tite não é ruim. É péssimo! E tem comportamentos indefensáveis, como deixar os titulares treinando com seu filho, no Rio, enquanto ele dirigia os reservas no Sul.
A preparação para o confronto de vida e morte contra o Peñarol ficou a cargo do "Titinho" (Matheus Bacchi)! Não à toa, muita gente no Ninho do Urubu já considera o treinador atualmente um auxiliar do próprio rebento.
Se não houver um milagre, na próxima quinta-feira, no "Campeón del Siglo" (estádio do Peñarol), fará sentido manter a atual comissão técnica para disputar as semifinais da Copa do Brasil, que passaria a ser a última oportunidade de um título minimamente relevante em 2024?
Como esperar resultados diferentes, repetindo os velhos erros?
É sabido que o presidente Rodolfo Landim é um fã apaixonado de Tite - e seu voto foi decisivo para a contratação do técnico. Mas ele arriscará perder a eleição do fim do ano, morrendo abraçado com ele?
Esta é a pergunta que não quer calar, na Gávea. Todos os outros candidatos já deixaram claro que não pretendem continuar com Tite. Vai bancar. Rodolfo?
Este time precisa de um choque. De uma energia nova e positiva, não aquela nuvem negra que parece acompanhar Adenor e sua cria, desde as últimas duas Copas. Filipe Luís, certamente, provocaria um grande impacto, positivo sob todos os aspectos.
Conhece a maioria do elenco, é querido por todos, sabe muito de tática e saberá ouvir de seus ex-companheiros quais são os maiores problemas causados pelas "amarras" do jogo posicional de Tite.
Ele é a melhor (diria quase que a única) aposta para um momento crítico como o atual.
Como repórter setorista do Flamengo, em 1981, eu presenciei aposta idêntica em Paulo César Carpegiani, que ganhou Estadual, Libertadores, Mundial, devolveu o 6 a 0 no Botafogo e foi campeão brasileiro. Tudo em seguida. Por que não apostar em Filipe Luís, em situação idêntica?
A vaca rubro-negra caminha, celeremente, para o brejo. Se nada mudar, logo estará chafurdada nele.
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