Palmeiras, descansado, deixa Botafogo com a faca e o queijo na mão
Eliminado da Copa do Brasil, pelo Flamengo, e da Libertadores, pelo Botafogo em agosto (respectivamente nos dias 7 e 22), o bicampeão brasileiro Palmeiras está há pouco mais de dois meses dedicando-se apenas à luta pelo tri. Título do qual pode ter começado a se despedir na 32ª rodada, com a derrota para o Corinthians, na Neo Química Arena.
Se o Botafogo derrotar o Vasco nesta terça (5), a diferença entre eles passará a ser de seis pontos, faltando apenas seis rodadas. Sim, ainda haverá o confronto direto entre o líder e o vice-líder, mas agora o alvinegro pode até perder no Allianz que se manterá com uma confortável vantagem de três pontos para o seu perseguidor.
O que espanta nessa reta final é que a vitoriosa equipe de Abel Ferreira não melhorou significativamente a partir do momento em que passou a ter algumas semanas inteiras de treinamento, enquanto o Botafogo seguia na luta pela Libertadores, chegando à final da principal competição do continente.
Diante do Corinthians foi uma equipe sem brilho, incapaz de transformar em gols o seu domínio estéril, enquanto o rival mostrava-se letal nos contra-ataques, com Yuri Alberto em mais uma jornada inspirada e Rodrigo Garro voltando a marcar e jogar muito bem.
Já no Palmeiras, seu melhor jogador, Estevão, vigiado o tempo todo de perto, pouco produziu, acabando substituído por Gabriel Menino (que mandou uma bola no travessão, em cobrança de falta). As demais alterações feitas por Abel (entraram Vanderlan, Maurício, Roni e Dudu) até tornaram o Verdão um pouco mais incisivo, mas os ataques mais perigosos pararam em boas defesas de Hugo Neneca.
Na noite em que a Fiel jogou uma cabeça de porco no gramado, os palmeirenses viram diminuir dramaticamente as chances de chegar ao tricampeonato e os corintianos começaram a enxergar a luz do final do túnel que pode lhes ajudar a escapar de vez do fantasma do rebaixamento. Mais um capítulo relevante na história do dérbi paulista.
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