Bap se saiu melhor em debate horroroso para presidência do Flamengo
Foi desanimador o debate dos candidatos à presidência do Flamengo, promovido pela ESPN. Acusações de parte a parte, poucas propostas e nada de informações relevantes para o torcedor rubro-negro. Filipe Luís fica? Alguém pensa em Jorge Jesus? E Gabriel? Já estudam seu substituto para o Mundial? Quais os planos reais para a construção do estádio?
Evasivas, apenas evasivas, convites a visitar os sites das campanhas, onde estão os teóricos planos de governo, e por aí vai. Deu sono. E, para os rubro-negros, preocupação. Um deles será o próximo presidente do clube nos próximos três anos. Na verdade, se Rodrigo Dunshee for eleito, nada muda, pois, na prática Rodolfo Landim, como CEO, continuará a dar as cartas. Isso é bom?
Nas duas horas em que os três presidenciáveis se digladiaram, quem se saiu melhor diante das câmeras foi Luiz Eduardo Baptista, o Bap. Com mais desenvoltura, firmeza no que falava (até mesmo quando era evidentemente demagógico, contrariando muito do que já disse, em relação aos sócios off Rio e os preços absurdos das camisas e dos ingressos) foi o vencedor do triste debate.
Foi de Maurício Gomes de Mattos, entretanto, a melhor pergunta da noite, abrindo o programa, quando perguntou a Bap como ele se sentia por ter sido um dos responsáveis pelo Flamengo jogar no lixo R$ 80 milhões (um Gérson, pontificou) ao se empenhar na lei do mandante, perdendo o faturamento da TV, nos jogos que faz como visitante. Baptista tergiversou e não foi convincente.
Dunshee também mandou bem, quando perguntou a Bap como era possível que um dos seus principais apoiadores, o ex-vice de finanças Rodrigo Tostes, tivesse sido impedido de votar e ser votado, por estar inadimplente com o Flamengo. Batom na cueca...
Bap, entretanto, atacou bem o aumento da dívida rubro-negra e a queda da arrecadação em 2023, contra apenas uma Copa do Brasil conquistada nos últimos dois anos. Dunshee se atrapalhou dizendo que a dívida não aumentara, mas sim as obrigações a pagar. Tá bom...
Os rubro-negros, com razão, foram dormir decepcionados. Ninguém convenceu. Ninguém sequer se aproximou do carisma e da fluência de Márcio Braga nas entrevistas e num debate na Globo, na metade final da década de 70.
Aquele sim era um candidato. Irresistível. Convincente e com planos claros e bem definidos, que levaram ao título mundial, que esta turma toda (afinal, estavam juntos há seis meses) continua devendo.
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