Com vitória de campeão, Botafogo vai cheio de moral à final da Libertadores
O viés era de queda. O fantasma da pipocada do ano passado ressurgia com força. Aparentemente, o Palmeiras, novo líder do campeonato, jogando em casa, tinha a faca e o queijo na mão. Ledo engano.
O Botafogo que pisou o gramado artificial do Allianz Parque, tinha alma e jogo de campeão. A vitória categórica por 3 a 1 não somente encaminhou bem o título brasileiro como encheu de moral o Glorioso para a final da Libertadores. O Alvinegro sobrou diante do Verdão.
Faltando apenas duas rodadas para Botafogo e Palmeiras, basta ao time carioca ganhar um jogo e empatar o outro (enfrenta o Internacional, no Beira-Rio e o São Paulo, no Nílton Santos). A equipe de Abel Ferreira precisará de um milagre. Porque deixou escapar o tricampeonato consecutivo em casa. Uma vez mais na atual temporada.
Se levantar as taças do Brasileiro e da Libertadores na mesma temporada, o Glorioso igualará feito gigantesco do Flamengo, em 2019. O desempenho do rubro-negro de Jorge Jesus, porém, foi superior, em todos os aspectos (fez mais pontos, foi muito mais inovador e encantador), mas isso não tira do Botafogo de Artur Jorge muitos méritos. É um timaço.
A ver contra o Atlético Mineiro, no Monumental de Nuñez. Pelos desempenhos neste ano, o Botafogo é franco favorito.
Ousadia elogiável
O Flamengo empatou com o Fortaleza e está matematicamente fora da disputa pelo título brasileiro. Foi elogiável, entretanto, a ousadia surpreendente de Filipe Luís, que buscando a vitória a qualquer custo escalou quatro atacantes (Plata, Michael, Gabriel e Bruno Henrique), num 4-4-2 que tomou conta do campo e praticamente não deixou o adversário jogar no primeiro tempo - ainda que sem criar tantas chances claras de gol.
Após o intervalo, já com De La Cruz no lugar do (mais uma vez) inútil Gabriel, o rubro-negro mantinha o domínio do confronto, até Pulgar ser expulso infantilmente, ao tomar o segundo cartão amarelo (ambos em faltas desnecessárias na intermediária ofensiva do Flamengo). A partir daí, soube resistir à pressão da equipe de Vojvoda e até teve uma boa chance, num contra-ataque com Bruno Henrique e Alcaraz.
O título da Copa do Brasil e a chegada de Filipe Luís tornaram o final do ano do Flamengo animador. Com o elenco inteiro à disposição, na próxima temporada, faz sentido o otimismo rubro-negro.
O que não tem mais lógica alguma é continuar escalando Gabriel. É menos um em campo. Que vá ser feliz no Cruzeiro.