Botafogo de Artur Jorge, heroico, engole o Atlético-MG de Milito
Gabriel Milito levou o Atlético Mineiro às duas finais mais importantes dos torneios de mata-mata do calendário brasileiro. Mas perdeu ambas. Sendo engolido por Filipe Luís, com o Flamengo, na da Copa do Brasil, e mastigado por Artur Jorge, com o Botafogo, com apenas dez jogadores, na Libertadores.
É justo ressaltar que a conquista da América pelo Glorioso teve muito de heroísmo épico, histórico. Com um a menos desde o primeiro minuto (por causa de uma entrada irresponsável de Gregore em Fausto Vera), o Botafogo de Artur Jorge soube se reprogramar rapidamente com as peças que tinha em campo e montou uma linha de defesa inexpugnável.
Já Gabriel Milito, que certamente tinha preparado sua equipe para jogar no contra-ataque, simplesmente não soube o que fazer com a inesperada vantagem. Manteve sua linha de três zagueiros e, sem criatividade para romper a muralha adversária, só ameaçou em chutes de Hulk de fora da área. Muito pouco.
Pior: em contra-ataques, o Glorioso marcou dois gols, em jogadas nas quais brilhou Luís Henrique. Na primeira, fazendo o gol; na segunda, sofrendo o pênalti que Alex Teles transformou em bola na rede. O nome da final.
No início da segunda etapa, o gol de cabeça de Vargas deu até a falsa impressão de que o Atlético poderia reagir. Ledo engano. Sem Scarpa (incompreensivelmente substituído pelo inútil Bernard), pressionou, mas somente na base do abafa, quando Vargas (duas vezes) e Alan Kardec (uma) desperdiçaram grosseiramente boas oportunidades.
O Botafogo não tinha nada com isso e garantiu a vitória e o título, com direito até a um merecidíssimo gol de Júnior Santos, artilheiro da competição. Conquista histórica, heroica, inesquecível. O Glorioso está classificado para o Super Mundial do meio do ano e para o Intercontinental (antigo Mundial) do fim de ano.
E, claro, a uma vitória e um empate de levar também o Brasileiro, igualando o feito do Flamengo de Jorge Jesus, em 2019. Que ano!
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