Flamengo de Filipe Luís é um deleite em campo. Azar do Internacional
Que delícia é ver o Flamengo de Filipe Luís! Diante de um adversário forte, dono da melhor campanha do returno, com 15 jogos invicto, o rubro-negro carioca abriu 3 a 0 no primeiro tempo (poderia ter sido mais) e apesar da reação do Internacional na segunda etapa, soube manter a vitória, que eliminou os gaúchos da luta pelo título e levou os cariocas à terceira posição na tabela.
Impossível não imaginar como teria sido o ano se Tite e Titinho tivessem sido demitidos antes e Filipe chegado mais cedo. No Brasileiro e na Libertadores. Tal demora está na conta de Rodolfo Landim e Marcos Braz que, como de hábito, tardam a reagir a trabalhos que, evidentemente, não deram certo. Foi assim com Sampaoli (que só saiu depois de perder a Copa do Brasil do ano passado) e com Tite (que entregou a Libertadores e as chances no Brasileiro deste ano).
Filipe Luís é a antítese de toda essa pasmaceira. Seu time é cada vez mais ofensivo e envolvente - pela segunda vez consecutiva joga com quatro atacantes, pois Gerson atuou a maior parte do tempo pela ponta-direita. A formação tática ousada e a entrega impressionante de todos os jogadores - inclusive aqueles que não estão em seu melhor momento técnico, caso evidente de Bruno Henrique - enlouquecem as defesas adversárias.
Muitos rubro-negros, mal-acostumados com o amargor dos tempos de Victor Pereira, Jorge Sampaoli, Tite e Titinho, ainda se queixaram da queda de produção no segundo tempo e criticaram alguns jogadores, como Rossi, Léo Pereira e Alcaraz. Exagero. O trabalho de Filipe Luís é estupendo e o momento é de desfrutar, sonhando com o que deverá ser a próxima temporada com a volta dos muitos contundidos.
Seja quem for o próximo presidente, somente se for muito estúpido abrirá mão daquela que é a maior conquista do ano: a descoberta de um treinador jovem, inteligente, estudioso, com o DNA rubro-negro e um potencial gigantesco.
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