Com vendas, Palmeiras prioriza reduzir dívidas inclusive com a Crefisa
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Com Danilo Lavieri, do UOL, em São Paulo
Em política de redução de gastos e venda de jogadores, a diretoria do Palmeiras vai priorizar o pagamento de dívidas com o dinheiro obtido. Entre os passivos que se pretende reduzir estão as pendências com a Crefisa e isso poderá ser feito conforme atletas da empresa forem negociados. Isso não impede, no entanto, que o clube reserve uma fatia dos recursos para contratações.
Financeiramente, a temporada de 2019 não foi boa para o Palmeiras, com excesso de gastos com contratações que não deram retorno e terão de ser pagas. Havia um déficit até os últimos meses, embora o clube esperasse reverte-lo. A dívida aumentou no período.
Um dos principais passivos é com a Crefisa, patrocinadora do clube, após acordo em 2018 que transformou o dinheiro destinado a contratações em dívida. Até o final da temporada de 2018, o valor era de R$ 142,7 milhões. O reajuste é pelo CDI, isto é, o montante deve ter fechado em torno de R$ 150 milhões em 2019. O Palmeiras não revela o valor exato da dívida neste momento.
A diretoria palmeirenses confirma que tem a intenção de reduzir de forma geral os passivos do clube e, neste contexto, entra a dívida com a Crefisa. Com isso, a ideia seria negociar jogadores que foram bancados com os recursos da Crefisa, não se limitando a esses. Pela regra dos empréstimos, se um atleta pago com o verba da parceira for negociado, o clube tem que devolver o montante com juros. Caso exista uma diferença, o Palmeiras tem até dois anos para quitar.
O gasto mensal com juros com a Crefisa é de R$ 900 mil mensais, segundo informações de conselheiros que participaram da reunião sobre orçamento de 2020. Ou seja, quanto mais se reduzir o débito, consegue-se diminuir as despesas com esse item.
Entre os jogadores comprados com o dinheiro da patrocinadora, estão Dudu, Borja, Guerra, Deyverson, Bruno Henrique, Fabiano, entre outros. A estratégia da diretoria alviverde, no entanto, é só fazer negociações de atletas que façam sentido tecnicamente. Não vão forçar a saída de um atleta que ainda é útil por ser da Crefisa para reduzir o débito. Não querem, portanto, enfraquecer a equipe.
O colombiano Borja é certamente o jogador que representa a maior fatia do passivo com a Crefisa. Foi comprado com aporte de R$ 33 milhões, valor ao qual deve se acrescentar a remuneração. Ele está emprestado ao Júnior Barranquilha com a esperança de que se valorize para poder ser revendido. Por enquanto, a negociação mais significativa foi de Arthur, com R$ 27 milhões pagos pelo Red Bull.
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