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Rodrigo Mattos

Flamengo ganha 1ª taça repetindo imposição de 2019 com novas armas de Jesus

Gabigol exibe placa em jogo entre Flamengo e Athletico-PR - UESLEI MARCELINO/REUTERS
Gabigol exibe placa em jogo entre Flamengo e Athletico-PR Imagem: UESLEI MARCELINO/REUTERS

16/02/2020 13h20

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Uma nova temporada e a mesma imposição de jogo com novas armas ofensivas. Foi o que se viu do Flamengo na conquista de seu primeiro título, da Supercopa, diante do Athletico-PR. O time carioca ganhou com sobras a primeira edição da competição criada pela CBF.

Após o vitorioso ano de 2019, Jesus já botou seus titulares para jogar depois de uma semana de treinos. E, nos primeiros jogos, seu time tem apresentado variações na movimentação ofensiva.

Talvez o melhor exemplo esteja em Gabigol. Nunca foi um centroavante típico, movimentando-se bastante fora da área. Mas essa característica se acentuou no início da temporada se deslocando principalmente pela direita, e abrindo um espaço para Arrascaeta entrar como nove em várias ocasiões. Tem feito assistências precisas, além dos quatro gols em quatro jogos.

Neste papel, acertou belo cruzamento para Bruno Henrique marcar o primeiro gol. Da direita, fez o passe com o pé esquerdo. O cruzamento com o pé invertido tem sido uma aposta do Flamengo neste início, e fica claro que há um treinamento para atacante na área se posicionar para receber essa bola.

A pressão sobre a saída de bola rival é igual ao ano passado, arma que o Athletico-PR também tentou utilizar. Tanto que o segundo gol de Gabigol lembrou o de Bruno Henrique contra o mesmo time paranaense ao se aproveitar de desatenção da defesa. No primeiro tempo, o Athletico, enfraquecido pelas saídas quatro titulares, só conseguiu ameaçar no minutos finais.

Ao contrário do Fla-Flu,o time rubro-negro não caiu de ritmo no segundo tempo. Era, no entanto, mais paciente em buscar as brechas, às vezes jogando no contra-ataque. Foi assim que Bruno Henrique arrancou para criar o gol de Arrascaeta

No Athletico, Dorival Junior terá de refazer a estrutura baseada na qualidade do jogo de Bruno Guimarães e na saída de bola de Léo Pereira. Na frente, seu esquema com três atacantes móveis, com Marquinhos Gabriel centralizado, não funcionou. Ameaçou a linha de defesa rival somente em duas ou três oportunidades no jogo. Também não deram certo suas mudanças ao deslocar Erick para a lateral-direita e entrar com Casin, além de botar Abner na esquerda.

Mesmo com a vantagem, Jesus manteve seu time titular quase o tempo inteiro, e apenas Michael teve mais minutos para jogar - Diego e Renê entraram bem no final. Apostou na sua fórmula vencedora com as novas variações. Já deu um recado na primeira decisão que não será um time fácil de ser batido como em 2019.