Estaduais podem não ser concluídos por falta de dinheiro de times pequenos
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Durante esta semana, federações e times pequenos têm manifestado preocupação que os Estaduais não acabem por conta do Coronavírus. Essa foi uma questão levantada por dirigentes durante assembleia na CBF em que a entidade recomendou a interrupção dos campeonatos. E também tem sido pauta em encontros que definiram paralisações de Estaduais.
A situação é antiga: alguns dos clubes que disputam os Estaduais só têm essa competição na temporada. Recebem uma verba determinada para disputa-la, ou reúnem capital para isso, e montam times para jogarem por quatro, cinco meses em que se prolongam os Estaduais, de janeiro ao final de abril. Alguns têm seletivas anteriores.
Essas equipes, portanto, só fecham contratos com jogadores por esses períodos. Quando o campeonato não se encerra no prazo, os clubes ficam sem condições para prolongar contratos e pagar por mais tempo.
Na reunião, a CBF prometeu que faria um esforço pela conclusão dos Estaduais. Mesmo com o calendário apertado, quando fosse possível após se arrefecer a crise do coronavírus. Isso já não seria fácil com a previsão do Ministério da Saúde de que o problema da pandemia pode gerar três meses de estresse no país.
Neste cenário, além da falta de datas, as federações temem que as competições se tornem inconclusas por falta de times que não terão como bancar salário que, com uma paralisação tão grande, deve ser tornar inviável completa-la.
Por isso, havia pressão tão grande de dirigentes para completar mais uma ou duas rodadas pelo menos para se determinar rebaixamentos. Mas o cenário da pandemia tornou isso inviável.
Isso não ocorre em Estaduais que têm times com mais presença na Série A e B, que têm receitas, teoricamente, garantidas pelo Brasileiro. Isso, obviamente, se as receitas do Nacional não forem afetadas pela falta de realização ou diminuição de jogos.
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