Topo

Rodrigo Mattos

Einstein erra 26 testes de Covid do Red Bull para jogo com Corinthians

Jogadores do Red Bull Bragantino durante aquecimento antes de partida contra o Corinthians - Divulgação/Red Bull Bragantino
Jogadores do Red Bull Bragantino durante aquecimento antes de partida contra o Corinthians Imagem: Divulgação/Red Bull Bragantino

31/07/2020 18h07

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

O Hospital Albert Einstein errou os resultados de 26 testes para coronavírus feitos com jogadores e estafe do Red Bull Bragantino antes do jogo contra o Corinthians, pelas quartas de final do Paulista. Os atletas foram diagnosticados com Covid-19, foram afastados de treinos e só puderam jogar porque exames em cima da hora deram negativo. A informação foi publicada inicialmente pelo "O Globo" e confirmada com duas fontes pelo blog. O laboratório confirmou que houve divergência nos testes do Bragantino por conta de problemas em um reagente usado.

O Einstein é o laboratório responsável pelos exames de coronavírus para o Brasileiro da Série A e para o Paulista. Isso gerou uma discussão no Conselho Técnico da Federação Paulista e o problema foi comunicado pelo Red Bull à CBF.

O clube vem fazendo testes para coronavírus duas vezes por semana, do tipo RT-PCR, os mais confiáveis. Além de jogadores, são feitos exames em membros da comissão técnica, estafe que trabalha no Centro de Treinamento e em jogos no estádio do time. Eram cerca de 70 testes feitos no Einstein por rodada.

Antes do jogo diante do Corinthians, foi feita uma nova rodada de exames. Só que, ao contrário das vezes anteriores, houve em torno de um terço dos testes deram positivos, em um total de 26.

Desses que tiveram resultados positivos, foram 13 atletas e membros de comissão técnicas. Um total de sete titulares que atuariam diante do Corinthians teve análise com positivo para Covid-19. Outras 13 pessoas eram de pessoal do estafe de estádios e do CT.

O Red Bull estranhou esses resultados porque vinha testando constantemente. Os jogadores foram afastados por dois dias dos treinos. Mas o clube decidiu refazer os testes. Levou todas as pessoas para novos exames nos laboratórios Fleury e Cura. Os exames deram negativos.

Com esses resultados em mão, o clube voltou ao Eistein no dia do jogo para refazer os testes. O laboratório fez os exames e constatou que as 26 pessoas, na realidade, tinham exames negativos. Com isso, os sete titulares foram liberados para jogar às 17 horas do dia do jogo diante do Corinthians, que ocorreu a partir das 19 horas.

Questionado, o Hospital Albert Einstein reconheceu que houve divergência nos resultados do Red Bull que deram positivo no primeiro teste, e negativo no segundo. Atribuiu o problema a reagentes com instabilidade de funcionamento. E afirmou que as substâncias não serão mais utilizadas. Veja a nota abaixo:

"O Einstein recebeu amostras de secreção nasofaríngea de atletas e membros da Comissão Técnica do Red Bull Bragantino para análise da presença da Sars-Cov2. As amostras tiveram resultado liberado no fim da tarde da última terça-feira, dia 28, sendo que algumas apresentaram resultado positivo.

Na quinta-feira, dia 30, o Red Bull Bragantino solicitou um novo teste destas amostras, que foram coletadas e processadas no mesmo dia. No novo processamento, estas amostras resultaram negativas.

Na análise dos processos internos, identificou-se um lote específico de reagentes importados ("primers") com instabilidade de funcionamento, que foram provavelmente os responsáveis pelos resultados divergentes.

A fabricante, uma empresa internacional, foi imediatamente notificada sobre a ocorrência e os lotes com desempenho atípico foram retirados da rotina de exames do laboratório do Hospital Israelita Albert Einstein."