Santos evita perda de até R$ 20 mi em patrocínios ao romper com Robinho
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O Santos optou pela suspensão do contrato do atacante Robinho após uma enxurrada de ameaças de rompimento de contratos de seus patrocinadores. Caso todos os compromissos fossem rescindidos, o clube teria um prejuízo em torno de R$ 20 milhões por ano.
Com a contratação do atacante, no último sábado, houve reação de protestos por conta da condenação por estupro do atacante pela Justiça da Itália. O caso ocorreu em 2013 quando o atacante jogava pelo Milan e houve uma sentença de condenação em 2017. O jogador nega as acusações e se defende. Há mais duas instâncias de julgamento.
A partir dos protestos contra a contratação, veículos de imprensa procuraram patrocinadores do Santos para se posicionar sobre o caso. Como consequência, o clube foi procurado pelos parceiros com preocupações sobre Robinho. Eram nove parceiros, mais a fornecedora de material Umbro.
De início, só a empresa Orthopride rompeu o acordo. Mas a publicação no "Globo Esporte" dos diálogos gravados de Robinho, grampeados pela Justiça italiana, falando sobre o episódio aumentou a pressão. Na sexta-feira, o Santos recebeu cobranças de quase todos patrocinadores com ameaças de rompimento caso mantivesse o jogador. No clube, havia a certeza de que quase todos sairiam caso o atacante continuasse no time.
Os contratos de patrocínio rendem ao Santos aproximadamente R$ 20 milhões por ano. No balancete santista do primeiro semestre, há o registro de R$ 9,7 milhões de receitas com patrocínio. A expectativa era que se mantivesse o valor no segundo semestre já que parceiros não tinham sido perdidos na segunda metade do ano.
A receita com patrocínio é a terceira maior do Santos, abaixo só de televisão e premiações em competições. Esse tipo de renda representou um sexto do total da renda do clube.
Pela apuração do blog, a decisão de romper o contrato com Robinho ocorreu porque a situação se tornou insustentável pela questão financeira e porque até o apoio da torcida foi abalado. Assim, poderia também haver impactos no sócio-torcedor, que gera em torno de R$ 10 milhões por ano ao clube.
O clube não fez nenhuma avaliação de risco para sua imagem ao fazer a contratação do atacante. O presidente santista, Orlando Rollo, admitiu que ainda não tinha visto o teor do processo italiano quando fechou com Robinho.
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