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Rodrigo Mattos

Grêmio ganha R$ 23 mi extras com prêmios de mata-matas e garante superávit

Jean Pyerre durante jogo Grêmio x Guaraní-PAR pela Copa Libertadores - Lucas Uebel/Grêmio FBPA
Jean Pyerre durante jogo Grêmio x Guaraní-PAR pela Copa Libertadores Imagem: Lucas Uebel/Grêmio FBPA

05/12/2020 04h00

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As boas campanhas do Grêmio na Libertadores e na Copa do Brasil garantiram R$ 23 milhões em receitas extras na temporada. Aliado à venda de Everton, o clube já conseguiu garantir superávit em um ano complicado pela pandemia de coronavírus.

Com um orçamento cauteloso, o Grêmio só prevê como receitas para o ano a primeira fase da Libertadores e as oitavas da Copa do Brasil, que já estavam garantidos. É um procedimento diferente de times como São Paulo, Flamengo e Inter, que costumam ter rendas de classificações a fases mais avançadas.

Como avançou nos mata-matas, o Grêmio conseguiu R$ 10,3 milhões na Copa do Brasil até agora, e mais R$ 13,1 milhões na Libertadores. Essas receitas entram ainda no ano de 2020, enquanto premiações de outras fases só seriam em 2021, assim como a posição do Brasileiro.

Além disso, o clube fez um plano para enfrentar os efeitos da pandemia de coronavirus, que incluiu vantagens aos sócios-torcedores que permanecessem no clube. Foram bem aceitas as mudanças e a queda no programa não foi grande.

"O resultado obtido em decorrência da aplicação do Plano de Contingência de Crise idealizado pela administração, associado às receitas de transferência de direitos econômicos de atletas e o avanço às oitavas de final da Libertadores e às semifinais da CB serão suficientes para assegurar superávit em 2020", afirmou o CEO do Grêmio, Carlos Amodeo.

"O Plano de Contingência foi idealizado para readequar as despesas do clube ao longo do ano para compensar a perda de receitas decorrente da suspensão das competições", completou.

Com a venda de Everton ao Benfica, o clube superou a meta de receita para negociações: conseguiu R$ 100 milhões enquanto o objetivo inicial era R$ 88 milhões. "O Grêmio tomou decisões corretas e teve enorme sucesso na paralisação. A venda do Everton fortificou nossa capacidade de enfrentamento", analisou o presidente gremista, Romildo Bolzan Jr.

Os números gremistas do balancete até setembro confirmam essa avaliação. O clube tinha receitas de R$ 273,7 milhões, com uma variação positiva de 1% em relação ao previsto originalmente antes da pandemia de coronavírus. O superávit já era verificado neste período, com R$ 11 milhões.

Com isso, o Grêmio pode até fazer um aumento no investimento no futebol depois da volta dos campeonatos com algumas contratações, entre eles, Pinares e Churín. No custo com pessoal do futebol, o clube já registra um gasto com o futebol de R$ 30 milhões a mais do que previsto no orçamento original até setembro.