Flamengo tem virada heróica após expulsão melindrosa de arbitragem da CBF
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Uma expulsão de um jogador aos 9min do primeiro tempo, obviamente, altera todo o panorama de uma partida. Foi o que aconteceu quando o árbitro Flavio Rodrigues deu o cartão vermelho para Gabigol. Sua justificativa: foi ofendido pelo jogador.
Como poucas vezes, as imagens da TV eram bem claras do que aconteceu. Gabigol tenta um lance, cai e reclama uma falta. O juiz que estava saindo do lance, ouve algo e volta e o expulsa. Na sequência, sem ser especialista em linguagem labial, vê-se Flavio Rodrigues argumentar que Gabigol o mandou "tomar no cu". Gabigol argumenta que não foi para ele.
A questão é que o árbitro decidiu tomar uma decisão séria para o jogo - expulsar um atleta no início - baseado em um xingamento à distância que nem fica claro que era para ele. Se for adotar esse critério em um campo de futebol, então, vai ter que expulsar uns 30 a 40 por rodada. O futebol é um jogo de contato, e de xingamentos.
Óbvio que ofensas diretas e claras não devem ser admitidas, mas tem que haver um bom senso. Não parecer ser o caso de Flávio Rodrigues. Podemos dizer que trata-se de um árbitro melindroso, na exata definição do dicionário, aquele que se ofende facilmente. Poderia apitar tênis por exemplo. A cada grito da arquibancada, cada exaltação de um tenista, ele pararia o jogo indignado. E aqui não vai nenhum demérito ou crítica ao tênis, apenas a observação de que é um esporte em que o código de conduta é bem diferente do futebol.
Ora, na saída do campo, Gabigol repete o seu "vai tomar no c" e o delegado Marcelo Viana ignora, segundo o repórter da Globo, Fernando Saraiva. Ao jornalista de TV, afirmou que não se sentiu ofendido. Bem, qual é o critério da arbitragem e condução de jogo da CBF? Se é que existe algum.
Enfim, a expulsão de Gabigol condicionou totalmente o que foi o jogo posterior entre Flamengo e Bahia como era de se esperar. O Flamengo ainda se defendeu em um tempo, conseguiu um segundo gol em jogada de Bruno Henrique. Parecia que até sobreviveria com uma vitória.
Mas, no segundo tempo, o time demonstrou uma desconcentração e nervosismo que abriram o caminho para a vitória do Bahia. A mudança de postura do time baiano, feita pelo técnico Mano Menezes, tornou o time mais ofensivo e portanto afeito a pressionar o Flamengo.
Deu certo. Em 15 minutos, diante de um time rubro-negro perdido, o Bahia virou o jogo com dois gols de Gilberto. É preciso ressaltar que, mesmo com um a menos, o Flamengo só tomou três gols porque entrou dormindo após o intervalo.
O jogo parecia que ficaria morno quando o Flamengo achou uma articulação pela esquerda que resultou no gol de Pedro. Não foi a única intervenção do atacante no jogo. Quando já se estava no minuto final do jogo, antes dos acréscimos, ele achou um passe de meio letra para Vitinho fazer um gol chorado.
No meio do jogo, Gerson se revoltou com Índio Ramírez em episódio que gerou uma discussão entre o meia rubro-negro e o técnico do Bahia, Mano Menezes. Ao final da partida, Gerson acusou de Ramírez de racismo ao dizer "cala a boca, negro". Mano tentou minimizar o caso na discussão com Gerson. O árbitro Flávio Rodrigues, tão atento para xingamentos, mostrou-se bem desatento sobre o caso e não se preocupou em nenhum momento em entender o que estava acontecendo.
Antes de acabar o jogo, Flavio Rodrigues expulsou Daniel, do Bahia, alegando que foi ofendido. Aparentemente, para o juiz, isso é mais grave do que tinha ocorrido com Gerson.
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