Meio-campo de meninos do Palmeiras atropela o cascudo River
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Há uma tese difundida no Brasil de que times grandes argentinos como River Plate e Boca Juniors sabem jogar a Libertadores como nenhum outro do continente. Atribui-se esse fato à experiência das equipes que os mantém calmos mesmo em movimentos difíceis. Pois o meio-campo de meninos do Palmeiras destruiu o maduro River.
O técnico Abel Ferreira optou por três garotos da base palmeirense em seu meio, Danilo, Gabriel Menino e Patrick de Paula. Estariam encarregados de criar um bloqueio as triangulações do time mais entrosado da América do Sul. O time armava-se para se defender com um 5-4-1 apenas com Luiz Adriano solto. Era proposta alviverde parar o rival e depois sair em velocidade.
Não foi fácil no início da partida quando o River trabalhava as jogadas pelos dois lados do campo. Assim criou duas chances de gol, uma delas parada em excelente defensa de Weverton após conclusão de Borré.
Mas o River dava espaços nas costas de sua subida. Em uma delas, Gabriel Menino cruzou rasteiro para a falha de Armani na saída com os pés. Ronny arrematou com os pés.
Menino aparecia na frente como lateral ofensivo e fechava uma linha de cinco na defesa palmeirense. Ainda sobrava fôlego para fechar no meio. Sobrou em todos os aspectos do jogo, fisicamente, tecnicamente e em maturidade.
Mais centralizado, Patrick de Paula não só bloqueava como distribuía bolas com tranquilidade, inclusive viradas difíceis. Ao lado seu lado, estava um igualmente seguro Danilo. A zaga palmeirense pode agradecer a proteção. E, quando roubava a bola, o Palmeiras saia pelo chão como no gol de Luiz Adriano.
Com a vantagem, Menino ainda provocou com uma dominada de efeito. Enzo Perez reclamou para tentar intimidar, mas quem perdeu a cabeça foi Carrascal com um pontapé que lhe causou a expulsão.
O meio-campo de meninos palmeirense é um resultado de uma política de contenção de gastos - depois que o dinheiro da Crefisa parou de jorrar sem limites - para a temporada que abriu uma oportunidade para uma base de excelência. É também fruto da aposta do técnico Abel Ferreira que não teve medo de escolher os meninos para enfrentar o cascudo River. Em uma temporada em que capengava, o Palmeiras abriu um caminho gigante para a final da Libertadores com três gols de vantagem para o então melhor time do continente.
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