Liderança do São Paulo derrete com rapidez inédita na reta final da Série A
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O São Paulo teve uma diferença de sete pontos na liderança até 27ª rodada após a vitória sobre o Atlético-MG, que era o segundo colocado. A partir daí, fez um ponto em quatro jogos. Foi uma queda mais rápida do que ocorreu em outras viradas do Brasileiro, em 2008 e 2009. Não há caso em que um time perca uma diferença desse tamanho no segundo turno e consiga se recuperar para chegar à taça. Vencedor no Morumbi, o Internacional é o novo ponteiro.
Consideradas as últimas seis rodadas, o time acumulou quatro derrotas, um empate e uma vitória. O sistema de Fernando Diniz, que funcionou para levar a equipe à liderança, desmontou com erros na saída de bola, lentidão nos ataques e falta de pressão na marcação do adversário.
No confronto entre os dois ponteiros, o Inter de Abel Braga sufocou o São Paulo de Fernando Diniz desde o início com uma marcação alta bastante eficaz. Exatamente como fazia o time colorado com Eduardo Coudet. Em 30min de jogos, o Inter enfileirava chances, seja após roubadas de bola, seja em bolas altas.
O placar final de 2x1 eram pouco para o domínio colorado. Após o intervalo, o Inter recuou sua marcação, embora ainda subisse seus jogadores ainda para pressionar. E chegou a goleada em novas roubadas de bola, contra-ataques e uma noite inspirada de Yuri Alberto.
Concluído o atropelamento, cabe comparar o derretimento são-paulino com as outras duas viradas no Brasileiro durante o segundo turbo, ocorridas em 2008 e 2009.
Em 2008, o Grêmio tinha seis pontos de vantagem sobre o segundo colocado, também na 24ª rodada do Brasileiro. A queda gremista se deu de forma mais lenta e foi o próprio São Paulo que o ultrapassou. Na 33a rodada, o time do Morumbi assumiu a liderança com dois pontos sobre o Grêmio. Acabou campeão já que o elenco gremista não se recuperou.
No Brasileiro seguinte, o Palmeiras tinha cinco pontos de vantagem sobre o segundo colocado, agora na 27a rodada daquela edição. Foi na 34a rodada que o São Paulo tomou a liderança do Palmeiras. Ao final, o Flamengo levou o título e o time alviverde nunca se recuperou. Não há outro Brasileiro de pontos corridos em que tenha ocorrido viradas como nesta edição.
A queda são-paulina foi bem mais rápida do que nesses dois casos e partindo de uma diferença maior. Como o Brasileiro atual tem mais times embolados, e há um imprevisível causado pela pandemia, pode ser que crie um cenário inédito na Série A de reversão de decadência. Mas não é o que o que indica o histórico do Nacional.
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