Plano de Superliga de clubes prevê renda de R$ 26 bi e ameaça campeonatos
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O plano de uma Superliga de clubes europeus tem uma estimativa de uma receita de 4 bilhões de euros (R$ 26,6 bilhões) com venda de direitos de televisão e patrocínios. Esse dinheiro seria distribuído pelos 20 times participantes, com prioridade para equipes fundadoras do grupo. O projeto encontra forte resistência da UEFA, Conmebol e Fifa que ameaçaram excluir jogadores das equipes da Copa do Mundo.
Está em gestação há alguns anos essa ruptura dos grandes clubes europeus com a UEFA em um plano idealizado pelo Real Madrid. Há apoio do Manchester United e outros grandes ingleses, com previsão de inclusão de times como Barcelona, Juventus, entre outros.
A Superliga seria um campeonato com 15 times fixos, e cinco convidados, todos a princípio europeus. Seriam divididos em dois grupos de 10 times em uma fase classificatória e depois jogariam mata-matas em um total de até 23 partidas. As competições seriam em maio, junho, julho e agosto.
Houve conversas com a Fifa que chegou a cogitar apoiar o projeto. Mas a pressão da Conmebol e principalmente da UEFA levaram a entidade a se opor formalmente ao plano dos superclubes. Na quinta-feira, divulgaram uma carta informando que as competições não seriam reconhecidas e os jogadores estariam fora da Copa do Mundo.
O plano tem como objetivo a geração de mais receitas. Pelos detalhes do documento, iria gerar 4 bilhões de euros, dos quais 3,150 bilhões seriam distribuídos entre os clubes. A estimativa é que cada clube levaria entre 100 milhões e 350 milhões de euros. Em uma cláusulas específica do acordo, Real Madrid e Barcelona teriam, teoricamente, direito a 30 milhões de euros extras cada um.
A divisão do dinheiro está traçada no plano com privilégio para os 15 clubes formadores que dividiriam a maior parte do dinheiro. Os clubes seriam divididos de acordo com quatro faixas de status. Há um percentual de 20% destinado a premiações por posições.
Há ainda uma previsão de pagamento de 320 milhões em pagamentos de solidariedade para o futebol, fora dos clubes fundadores. Não fica claro quem receberia essa contribuição.
Além da venda de direitos, há uma previsão de um total de 3,5 bilhões de euros para os clubes investirem em infraestrutura assim que se juntarem a nova liga.
Todos esses dados geraram na UEFA a conclusão de que a Superliga teria profundo impacto em todo o futebol europeu. Primeiro, enfraqueceria a Champions League e a Europa League, que poderiam se tornar irrelevantes e perderem dinheiro. Além disso, haveria uma diferença brutal de receitas entre esses 15 clubes e outros em suas ligas domésticas, o afetaria o equilíbrio das ligas.
A UEFA prepara uma reforma da Champions League. Há uma previsão de aumento do número de jogos, de mudança nos critérios de classificação e na distribuição de dinheiro. Assim, juntamente com a ameaça de exclusão de jogadores da Copa, a entidade entende que pode convencer os superclubes europeus a desistir da ideia de sua liga exclusiva.
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