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Rodrigo Mattos

REPORTAGEM

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Sem público previsto, Flamengo jogará parte da dívida bancária para 2022

Rodolfo Landim em ação pelo Flamengo - GettyImages
Rodolfo Landim em ação pelo Flamengo Imagem: GettyImages

11/02/2021 04h00

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A diretoria do Flamengo vai propor a tomada de um novo empréstimo de R$ 35 milhões e prolongar o pagamento da dívida bancária para o próximo ano. É um ajuste no orçamento porque o clube já não acredita na volta da torcida em abril, e, sim, em setembro. A proposta será votada no Conselho de Administração nesta quinta-feira, a tendência é de aprovação já que a situação tem maioria no grupo.

O orçamento original do Flamengo para 2021 previa que o clube quitaria todas as suas dívidas bancárias neste ano. Seriam R$ 35 milhões referentes a empréstimo feito no ano passado, e outros R$ 35 milhões em novo mútuo neste ano. Ambos para o clube ter fluxo de caixa para suas despesas.

Mas, para isso, havia previsão de receita de público em abril com a volta da torcida em cenário de melhoria da pandemia de coronavírus. Essa estimativa foi criticada pela oposição presente no Conselho de Administração. A diretoria já percebeu que esse cenário não se concretizou. Agora, prevê público só em setembro.

Com isso, haverá impacto nas receitas de sócio-torcedor e bilheteria. O clube ainda quer se salvaguardar para caso de não conseguir atingir metas de vendas de jogadores. No meio do ano, há previsão de quitar R$ 90 milhões em negociações de atletas.

Agora, o clube vai propor pegar novo empréstimo com o BRB, que é patrocinador da camisa, no valor de R$ 35 milhões. Esse montante será quitado a partir do segundo semestre e durante todo o ano de 2022. O outro empréstimo, no valor de R$ 35 milhões, também será jogado para o próximo ano. Ou seja, a gestão seguinte a de Rodolfo Landim terá de quitar essa conta.

A ideia é garantir o caixa do clube em um ano difícil com despesas altas. Assim, não haverá problemas para quitar as pendências. Em compensação, a previsão de acabar o ano com R$ 305 milhões de dívida líquida (com redução de quase R$ 90 milhões) não será cumprido.