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Rodrigo Mattos

REPORTAGEM

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Governo federal mantém aval a regras da CBF para jogos em meio à pandemia

Walter Feldman, secretário-geral da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) - Lucas Figueiredo/CBF
Walter Feldman, secretário-geral da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

11/03/2021 04h00

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Em meio à discussão sobre parar o futebol, com o agravamento da pandemia de coronavírus, o Ministério da Saúde mantém até agora o aval que deu a protocolo da CBF para realizar jogos com prevenção da covid. Não é uma permissão para ter partidas, o que ficou a cargo dos governos estaduais e prefeituras. Mas é uma aprovação dos procedimentos da confederação. Ou seja, não há movimento para vetar jogos em nível nacional.

A CBF, por sinal, deve endurecer e atualizar algumas das regras de prevenção contra covid em meio ao lobby para manter a realização de jogos. Haverá pedido de maior atenção dos clubes às medidas protetivas nos deslocamentos. Além disso, será discutida a redução do número de pessoas dos times nos estádios.

O futebol parou por conta da pandemia de covid em março de 2020. A partir daí, a CBF elaborou um plano para a volta com protocolos de prevenção à disseminação do vírus. Esse planejamento teve aval do Ministério da Saúde que fez alguns ajustes. Depois, o próprio Ministério deu aval até a um retorno de 30% do público, embora nunca tenha ocorrido.

A assessoria do Ministério da Saúde confirmou que esses pareceres favoráveis ao protocolo da CBF - feitos pelo Centro de Operações de Emergência -continuam válidos, não houve novo movimento. Ressaltou que não se trata de uma permissão ou veto à realização da atividade. O presidente da República, Jair Bolsonaro, sempre foi um defensor ardoroso da realização do futebol, inclusive com público.

A CBF elabora agora a sexta versão de seu documento e explicou os novos passos em entrevista nesta quarta-feira. Entre os pontos, a CBF quer ressaltar as medidas protetivas como uso de máscaras e protocolo em viagens. Prega um controle mais rígido em refeitórios, hotéis, aviões.

"Houve um relaxamento geral da população. Jogadores jovens , assediados, difícil segurar. Muitas das causas dos surtos foram divulgadas e foram fora do ambiente de clube. Por isso a última parte de atualização das medidas", disse o chefe-médico da CBF, Jorge Pagura, sobre as medidas protetivas.

Dentro do estádio, a CBF entende que seus estudos mostram que há baixa contaminação: acompanhou times que enfrentaram equipes que tiveram surtos anteriores aos jogos e não constatou testes positivos posteriores. Ainda assim, haverá uma análise para saber se será reduzido o número de pessoas nos estádios, que cresceu durante o Brasileiro.

"Quantidade ainda não está fechado pois dependemos da Direitos de Competições e estrutura mesmo porque a situação na chamada Zona sensível da competição não mostrou indícios de contaminação! As outras 2 sim e maior vigilância epidemiológica nos hotéis e ajustes na viagem", completou Pagura.