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Libertadores e Sul-Americana perdem R$ 239 mi com rescisões de Globo e DAZN
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A Libertadores e a Sul-Americana perderam US$ 43 milhões (R$ 239 milhões) com as rescisões de contratos de direitos da Globo e da DAZN. A informação consta do balanço da Conmebol. Com isso, a entidade acabou o ano com prejuízo.
Após as rescisões, a Conmebol assinou novos acordos com o SBT e com a Conmebol TV para transmissão em TV Aberta e Fechada da Libertadores no Brasil. Só que o dinheiro desses compromissos só passaram a entrar para Conmebol em 2021. Ou seja, houve um buraco quando a Globo parou de pagar.
"A CONMEBOL cumpriu o compromisso de entrega de partidas aos titulares de direitos, entretanto, dois deles (Dazn e Globo) decidiram unilateralmente rescindir seus contratos, cujo impacto nas receitas significou uma queda de USD 43.350.000 para o exercício de 2020. Esses direitos foram novamente comercializados, com a formalização de acordos com o SBT, Claro-Sky através do operador e programador local, Bandeirantes, para os ciclos 2020-2022", diz o balanço da Conmebol.
A emissora carioca pagava US$ 65 milhões pelos direitos de TV Aberta e Fechada da Libertadores para o Brasil. Optou pela rescisão dos contratos em agosto alegando que a Libertadores tinha sido paralisada pela pandemia. Depois, tentou renegociar novo acordo, mas a Conmebol não topou.
Os novos contratos com o SBT e Conmebol TV são menores do que os da Globo. Em 2021, haverá, portanto, também uma perda de receita, mas o impacto real ainda não é sabido. No caso da Copa Sul-Americana, no Brasil, parte das receitas também virá pela Conmebol TV que é vendida em pay-per-view.
Em todas as contas, a Libertadores teve US$ 28 milhões (R$ 154 milhões) a menos de renda em 2020 em relação ao ano anterior. Conseguiu uma arrecadação total de US$ 272 milhões (R$ 1,5 bilhão).
Além das perdas com os contratos de televisão, a Conmebol reportou que teve prejuízo de US$ 10 milhões em receitas com a realização das duas finais únicas sem público. Essa era a expectativa das duas competições, na maior parte, proveniente da final do Maracanã.
Apesar dessas perdas, a Conmebol manteve as premiações para os clubes quase nos mesmos valores. Houve até um pequeno aumento. No total, foram distribuídos US$ 229 milhões, quase US$ 12 milhões a mais do que em 2019. A tendência é isso se manter até 2022 quando são válidos os atuais contratos, já que há garantias de pagamentos da agência IMG (parceira da Conmebol) pelos direitos da Libertadores.
A Conmebol teve uma compensação ao conseguir recuperar dinheiro perdido com os casos de corrupção da gestão anterior, conhecidos como o caso Fifa. Foram feitos acordos e recuperações de dinheiro em poder da família de Nicolas Leóz, ex-presidente da Conmebol, que desviou recursos da entidade. No total, foram recuperados US$ 38 milhões.
Mesmo assim, a Conmebol fechou o ano com US$ 14 milhões de déficit ao contrário de 2019 quando tinha tido superávit.
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