Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Pelo ranking, Santos e Flu têm grupos mais fortes; São Paulo, mais fraco
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Concluído o sorteio da Libertadores, houve opiniões variadas sobre a facilidade e a dificuldade de cada grupo dos times brasileiros. Há um critério objetivo (embora imperfeito) para analisar o nível de cada um: o ranking da Conmebol. Sob esse parâmetro, Fluminense e o Santos (caso se classifique) pegaram os grupos mais fortes. Já São Paulo e Internacional estão nos grupos mais fracos.
O ranking de Conmebol é definido pelo desempenho dos times na Libertadores e na Sul-Americana. Há maior peso para as campanhas das últimas dez edições, com menor importância para o coeficiente histórico. São atribuídos pontos ainda a títulos nacionais.
A lista atualizada ano a ano decide a posição em cada pote do sorteio em que ficarão os times. Havia três cabeças de chave entre os brasileiros: Palmeiras, Flamengo e São Paulo.
Para obter o nível de cada grupo, foram somadas as posições dos times na lista da Conmebol. O grupo que tem o menor índice é o mais forte já que são suas equipes estão mais próximos do topo do ranking, assim como o que tiver o maior índice é o mais fraco. Obviamente, times sem tradição na Libertadores, quase sem participação, pioram o nível de seus grupos. Nos casos em que dois times ainda disputam um lugar no grupo, na pré-Libertadores, foi considerada a posição média dos dois.
Esse costuma ser o critério adotado pela Fifa para avaliar a força dos grupos da Copa do Mundo, no caso utilizando o ranking de seleções.
Pois bem, liderado pelo Boca, o grupo C teve a menor pontuação com um total de 85. Caso o Santos (9º no ranking) confirme sua vaga, o índice do grupo será de 82. O Alvinegro praiano já ganhou a primeira partida diante do San Lorenzo, fora de casa. The Strongest (40º) e Barcelona (31º) são times com tradição de participação na Libertadores.
Em seguida, temos o grupo D em que está o Fluminense (39º no ranking). O grupo tem pontuação de 89. A classificação de Junior Barranquilla (27º) ou Bolivar (29º) afeta pouco o grupo. A presença do River Plate, que é o primeiro do ranking da Conmebol, é que torna esse grupo tão forte.
Pelo ranking, o Palmeiras é o time brasileiro que terá o terceiro caminho mais complicado. Seu grupo A tem pontuação de 98,5. Neste caso, o Grêmio torna o grupo indiscutivelmente mais difícil caso se classifique diante do Independiente Del Valle. Como ocupa a 3ª posição do ranking, melhor posição entre os brasileiros, o Tricolor gaúcho deixaria o grupo com 90 pontos, isto é, bem próximo dos outros dois mais fortes.
Flamengo (6º no raking) e Atlético-MG (19º) têm grupos iguais em força pela análise do ranking: ambos somam 193 pontos. Isso porque, nos grupos G e H, entraram equipes que estão bem atrás no ranking respectivamente: Union La Calera (128º) e Deportivo La Guaíra (127º).
No caso do grupo do Flamengo, a LDU (26º) é o segundo time mais forte, seguido pelo Velez Sarsfield (33º). No grupo do Galo, o Cerro Porteño, cabeça-de-chave, ocupa a 11ª posição, e o America de Cali (36ª).
Por fim, o São Paulo (13º) tem o grupo mais fácil da Libertadores pelo ranking. Isso se explica pela presença do uruguaio Rentistas (250ª posição). Racing (22º) e Sporting Cristal (35º) ocupam posições intermediárias. No total, o grupo soma 320 pontos.
O Internacional também tem em seu grupo um time sem tradição na Libertadores, o Always Ready (145º no ranking). Além disso, o Olimpia (12º) é o pior entre os cabeças de chave. O grupo B tem uma soma de 233 pontos.
Obviamente, o critério do ranking não é perfeito porque não mensura times em evolução no cenário nacional que venham a ter desempenhos surpreendentes na Libertadores. Nem avalia times de tradição na competição que tenham queda acentuada de rendimento naquela edição. Mas é um parâmetro objetivo para entender a dificuldade que cada equipe brasileira vai enfrentar neste início de Libertadores.
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