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Conmebol vê dificuldade de tempo para usar vacinas para Copa América
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A Conmebol terá dificuldades de usar as vacinas obtidas com a Sinovac com as seleções da Copa América. Isso porque a previsão da chegada dos produtos é a segunda quinzena de maio. Ou seja, o tempo é muito curto para imunizar os times para a Copa América da Argentina e Colômbia que se inicia em 13 de junho.
Durante a semana, o presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, informou que tinha recebido uma doação de 50 mil doses da vacina da Sinovac (conhecida como Coronavac no Brasil). A intenção era vacinar os jogadores da primeira linha do continente, isto é, seleções da Copa América, Libertadores, Sul-Americana e times das primeiras divisões dos países.
A Sinovac passou a ser uma espécie de patrocinadora da área de saúde da Copa América, como mostrou o jornal "La Nacion". Essa foi a conversa entre executivos da farmacêutica e dirigentes da Conmebol, intermediada pelo governo do Uruguai.
Mas, em reunião do Conselho da Conmebol, ficou claro que será difícil usar as vacinas para a Copa América. A chegada do produto está prevista para a segunda quinzena de maio, o que daria apenas 20 e poucos dias antes do início da competição.
O prazo é extremamente apertado já que a Coronavac exige pelo menos 21 dias de intervalo entre as duas aplicações de doses. No Brasil, já está sendo usado um período maior após pesquisas indicarem que a vacina se torna mais eficaz desta forma. Além disso, há as questões logísticas: Onde vacinar? Quando os jogadores chegariam no continente para receber imunizantes?
Por isso, dirigentes da Conmebol já avaliam que não deve ser possível usar as vacinas na Copa América. A prioridade, portanto, devem ser times da Libertadores, da Sul-Americana e primeira divisão dos países. Ainda seriam usadas vacinas em outras modalidades como futsal e Beach Soccer.
Há outros empecilhos além dos prazos: a legislação de alguns países impede vacinação privada, como é o caso do Brasil. A Anvisa já avisou que confiscaria as vacinas se chegassem ao país. Nesta hipótese, a Conmebol poderia vacinar no Paraguai, sede da entidade, que permite as vacinas.
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